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Morte de Zelensky e a bênção de Putin: o plano secreto dos espiões russos

O ataque envolvia até coronéis ligados diretamente ao presidente ucraniano. O que deu errado?

Blog do Zamataro|Luiz Felipe ZamataroOpens in new window

A cabeça do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ainda está a prêmio.

Desde que a guerra contra a Rússia começou, em 2022, foram mais de 13 tentativas de assassinato. Todas frustradas antes mesmo do ataque. A última delas foi a mais ousada. E a mais cara também. Os valores não vão ser divulgados, mas posso garantir que é como ganhar numa loteria.

UCRÂNIA Zelensky continua sendo alvo de Putin, mas escapou de todos os ataques

Espiões russos, da ala mais radical do serviço secreto do país, queriam dar esse “presente” para o presidente Vladimir Putin, que vem tentando eliminar o rival há pelo menos dois anos. É preciso destacar: em Moscou, ganhar a confiança do presidente não tem preço. Muda o status de qualquer combatente. Eles seriam reconhecidos como heróis nacionais, homens de confiança. Claro, não pensaram duas vezes para colocar o plano em ação, que parecia perfeito. Só parecia.

De acordo com os ucranianos, os agentes secretos da extinta KGB conseguiram contatar dois coronéis de alta patente da Ucrânia para executar o crime. Os dois “traidores” fariam parte da equipe da segurança presidencial. Um deles, inclusive, seria responsável por cuidar diretamente do guarda-costas de Zelensky. O que deixa agora o radar dele em alerta máximo. O inimigo pode estar mais perto do que o próprio presidente imagina.

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Por segurança, o chefe ucraniano é monitorado 24 horas, 7 dias por semana. Não só pelo exército do país, mas por americanos e britânicos via satélite. Ele viaja principalmente à noite, em carros anônimos. Só a família sabe com antecedência para onde e quando ele vai. Toda ocasião oficial é embargada e comunicada à imprensa somente após o fim do evento. Tudo é monitorado passo a passo para evitar surpresas.

Mas essa última tentativa deixou todos extremamente preocupados.

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O plano foi montado há cerca de três semanas. De acordo com a promotoria, um dos coronéis confessou que trouxe um drone, munição para um lançador de foguetes fabricados na Rússia e explosivos. Os ucranianos desconfiaram e começaram a ficar de olho nele.

A ideia deles: os agentes subornariam um guarda-costas e sequestrariam Zelensky. Um outro grupo de espiões ficaria monitorando os passos do chefe do exército e do serviço secreto da Ucrânia. Assim que eles saíssem para resgatar, seriam eliminados por drones e foguetes. Todos já direcionados para eles. Na sequência, Zelensky seria morto. Era o plano perfeito.

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Mas os coronéis deixaram pontas soltas. O chefe da inteligência de Zelensky já tinha pedido a quebra de sigilo e vinha grampeando os telefones. Ainda mantido em sigilo. Não havia dúvidas.

Presos, os militares deram nomes dos mandantes do crime. São três espiões de alta patente da central de inteligência da Rússia, reconhecidos pela lealdade “cega” ao país e a Putin.

Os dois coronéis detidos acabarão em julgamento, acusados de alta traição e de cumplicidade num ataque terrorista em colaboração com os serviços inimigos. Destino quase certo: prisão perpétua. O serviço secreto russo não se manifestou. Nem nega, nem confirma. Zelensky diz que vai reforçar a segurança. Os ucranianos sabem que os russos são experientes em ataques dessa forma. O medo é que o próximo seja o último.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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