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Bolsonaro: maioria no Congresso chega com dois anos de atraso  

Presidente e Congresso prometem pacificação das relações, após longo período de conflitos e interrupção nas votações. Bolsonaro agora terá base ampla de apoio na Câmara e pode avançar em reformas

Christina Lemos|Do R7

Bolsonaro ao lado do novo comando do Congresso: segunda chance.
Bolsonaro ao lado do novo comando do Congresso: segunda chance. Bolsonaro ao lado do novo comando do Congresso: segunda chance.

Foram dois anos de altos e baixos, encerrados por três meses de acirrada disputa e completa paralisação de propostas legislativas, até que se virasse a página das instáveis relações entre Executivo e Legislativo – particularmente ruins no caso da Câmara. O processo eleitoral também permitiu que, para derrotar Rodrigo Maia, o presidente Bolsonaro consolidasse uma maioria, formada pelos partidos do Centrão e agregados, conquistando assim condições para aprovação de mais de 30 medidas listadas nesta terça, algumas bloqueadas desde o início de seu mandato.

O formato foi rejeitado pelo presidente desde a campanha presidencial e classificado à época de “velha política”. O clima eleitoral prevaleceu durante longo período em que o presidente ignorou a importância de constituir maioria parlamentar, chegando a nomear como líder na Câmara um deputado sem trânsito com os colegas e que sequer era recebido pelo presidente da Casa. A despeito do empenho e lealdade do escolhido, as consequências desta postura foram graves.

Mercado e sociedade reagiram com alívio com as promessas de retomada do debate sobre as reformas tributária e administrativa, inicialmente, e de prioridade para a calamidade sanitária da pandemia. Na decolagem do novo formato, está a sempre difícil discussão em torno do orçamento e dos recursos para socorro financeiro às vítimas do coronavírus, num cenário de déficit de mais de R$ 700 bilhões.

Para manter o apoio de mais de 330 deputados entre os 513, Bolsonaro terá de atender à expectativa de partilha de fatias do poder Executivo, nomeando indicados e partilhando cargos no segundo e no terceiro escalões de governo, gestores que administrarão vultosas verbas públicas - é o que se chama de governo de coalizão. A fronteira deste método com o fisiologismo é tênue. É esta partilha é dominada por negociações espúrias, de corrupção, e outros desvios, que podem e devem ser combatidos com mecanismos de controle da gestão pública.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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