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Defesa de Guedes sustentará que não houve movimentação de dinheiro

Ministro argumenta que não há ilegalidade e que durante o período que esteve no cargo nomeou substitutos para gerir patrimônio. Órgãos de governo avalizaram procedimento

Christina Lemos|Do R7

O ministro da Economia, Paulo Guedes: defesa técnica em elaboração
O ministro da Economia, Paulo Guedes: defesa técnica em elaboração O ministro da Economia, Paulo Guedes: defesa técnica em elaboração

Instado por várias instâncias a apresentar explicações sobre a conta que mantém em paraíso fiscal, o ministro da Economia, Paulo Guedes, está determinado a comprovar que não há ilegalidade em sua atitude, e que suas reservas mantidas no exterior não têm relação com a atividade de ministro. O principal argumento de sua defesa será a comprovação de que não houve movimentação financeira durante o período que esteve no comando da economia do país.

A documentação deve demonstrar que Guedes nomeou substitutos para gerir seu patrimônio fora do país, como é usual nestes casos, e que tudo foi submetido ao crivo da Comissão de Ética e também da Casa Civil – órgãos que têm o papel de checar a legalidade dos procedimentos. A carreira de financista e o patrimônio do então indicado para o posto de ministro foram submetidos ao controle antes da nomeação.

A situação o fragiliza politicamente em momento crítico, em que a gestão da economia é questionada, por causa da retomada consistente da inflação e da falta de recursos para bancar programas sociais. No entanto, o Planalto percebe como “ataque artificial” as denúncias contra o ministro, apesar de admitir o “desconforto” causado pelas revelações da apuração jornalística internacional, batizada de Pandora Papers. 

O presidente Bolsonaro não mencionou publicamente o caso, nem fez qualquer defesa de Guedes até o momento. Estaria dando prazo ao ministro para uma resposta fundamentada e ainda avalia o fôlego da denúncia, que mobilizou toda a oposição. No entanto, historicamente Bolsonaro é duro crítico deste tipo de atitude e, quando deputado, já chegou a discursar contra adversários políticos que mantinham contas no exterior – caso do falecido advogado e ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, alvo pontual dos ataques.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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