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Fragilidade política de Bolsonaro é cenário ideal para Centrão

Grupo de partidos médios terá poder de barganha turbinado com eventual vitória de Arthur Lira para a presidência da Câmara. Já são 61 os pedidos de impeachment protocolados contra o Bolsonaro

Christina Lemos|Do R7

O deputado Arthur Lira, candidato à presidência da Câmara
O deputado Arthur Lira, candidato à presidência da Câmara O deputado Arthur Lira, candidato à presidência da Câmara

Enquanto o Planalto e apoiadores informais do presidente estudam estratégias para reverter a acentuada queda de popularidade de Bolsonaro registrada nos últimos dias, aliados do deputado Arthur Lira, do PP, candidato à presidência da Câmara, estão cada dia mais entusiasmados com a perspectiva real de poder representada pela eventual vitória do líder do Centrão. A equação política é simples: quando mais frágil o titular do Executivo, maior o poder de barganha de seus aliados no Legislativo para promover a estabilidade política e a governabilidade.

Uma das cartas sobre a mesa são os pedidos de impeachment contra o presidente Bolsonaro, alvo de crescente pressão de movimentos sociais e políticos, com manifestações marcadas para o próximo final de semana, inclusive. Cabe ao presidente da Câmara avaliar se estas representações têm fundamento e atendem às regras, para que a investigação contra o chefe do Executivo tramite no Congresso. Ao todo já foram apresentados 61 pedidos de impeachment e mais de 50 ainda estão sobre a mesa, pendentes de arquivamento.

As negociações por garantia de apoio e governabilidade vão muito além da questão do impedimento presidencial. Para obter a almejada estabilidade política, em caso de vitória de Lira, o Planalto estará sujeito a um deputado mais independente do que aparenta. O pepista é conhecido por ser um político tarimbado e pragmático, com compromissos claros com amplo espectro de parlamentares, incluindo dissidentes de centro e centro-esquerda. Neste caso, o presidente Bolsonaro, hoje sem partido, além de estar mais dependente das velhas práticas que criticou no processo eleitoral que o levou à vitória, poderá ser levado a abrir mão de importante fatia de poder, com reflexos inclusive sobre 2022.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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