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Participação em ato irrita CPI, que quer reconvocar Pazuello

Senadores consideraram discurso de ex-ministro, sem máscara, em evento político ao lado de Bolsonaro “afronta” a disciplina militar e prova de “alinhamento automático”, negado na CPI

Christina Lemos|Do R7

CPI vota nesta quarta requerimento de reconvocação de Pazuello.

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
CPI vota nesta quarta requerimento de reconvocação de Pazuello. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado CPI vota nesta quarta requerimento de reconvocação de Pazuello. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Senadores da CPI da Pandemia reagiram com irritação e perplexidade à participação do ex-ministro Eduardo Pazuello em ato público em defesa do presidente Bolsonaro neste domingo, no Rio de Janeiro. O ministro subiu ao palanque e retirou a máscara para discursar, ao lado do presidente. O episódio reforça a disposição de reconvocação de Pazuello à comissão de inquérito. Requerimento do senador Alessandro Vieira (Cidadania/SE) deve ser apreciado nesta quarta-feira.

Como oficial da ativa do Exército, a participação em ato político é vedada a Pazuello, que é general três estrelas. Para o senador Humberto Costa (PT/PE), o fato “é grave” (veja no vídeo abaixo). “Um militar da ativa, participar de uma manifestação político-partidária, afronta os códigos militares. Esse fato nega tudo o que ele disse na CPI da Covid. Nós seremos obrigados a convocá-lo outra vez para depor”, declara o oposicionista.

Alguns viram na participação de Pazuello no ato público a confirmação de “alinhamento automático” do ex-ministro ao presidente – fato negado na CPI. O senador Alessandro Vieira, autor do pedido de reconvocação de Pazuello, criticou o presidente. “Bolsonaro deveria se dedicar a salvar vidas, mas gasta seu tempo em passeios de moto, aglomerações ofensas e ameaças”, publicou Vieira em rede social.

A defesa de Pazuello prepara argumentos para confrontar a polêmica. Ao blog, um dos auxiliares jurídicos do general declarou: “o Exército permitiu que ele, general da ativa, ocupasse o cargo de ministro de Estado - cargo político. Não o puniu por isso. Ao contrário, o cedeu para que fosse nomeado. O mesmo Exército quer puni-lo por estar ao lado do presidente da república?” O general tem um encontro com o comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira, previsto para a tarde de hoje.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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