A escolha de um emedebista, ex-ministro da Integração Nacional de Dilma Rousseff, para líder do governo no Senado foi praticamente a última indicação do presidente Bolsonaro. A nomeação do senador Fernando Bezerra Coelho, com forte influência de Davi Alcolumbre e Onyx Lorenzoni, tem um objetivo pragmático: aproximar a maior bancada do senado ao Planalto. Mas não passou pelo crivo do PSL, partido do presidente.
“A Casa Civil pretere e desconsidera o PSL em tudo”, diz o líder do partido, Major Olímpio, que, no entanto, aprova e escolha do emedebista para líder do governo na Casa. “Para quem não tem nada, a metade já é o dobro”, declara o senador. “Fernando Bezerra é experiente e será um bom interlocutor. Estou esperançoso de conseguir apoio com ele, já que na Casa Civil é impossível”, reclama Olímpio, um dos parlamentares mais próximos ao presidente Bolsonaro.