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Teto de gastos, “legado” de Meirelles, está com os dias contados

Maioria dos candidatos com chance de vitória prevê revisão da norma que bloqueia aumento de gastos públicos por até 20 anos. Economista de Bolsonaro apoia regra

Christina Lemos|Do R7

Presidente MIchel Temer e Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda.
Presidente MIchel Temer e Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda. Presidente MIchel Temer e Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda.

A principal medida de ajuste fiscal aprovada pelo Congresso durante a gestão de Michel Temer na presidência e de Henrique Meirelles no Ministério da Fazenda deve ser revista em 2019 pelo próximo presidente da República. À exceção de Jair Bolsonaro, todos os demais candidatos com chances de chegar ao segundo turno defendem a alteração da norma constitucional que estabelece que o governo só pode gastar o que arrecada. A despesa só pode variar para corrigir a inflação e deve vigorar por 10 anos, renováveis por mais 10. 

Os candidatos à esquerda do espectro político, como Lula (PT), Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos (PSOL) anunciam a revogação da medida. Taxam a norma de “emenda da morte” e seus economistas se opõem frontalmente à regra. Mas mesmo os concorrentes de centro e centro-direita avaliam que será impossível promover o crescimento a partir de 2019 com as amarras impostas pela mudança na Constituição, aprovada pelo Congresso em dezembro de 2016. 

Essa é a posição pública de Pérsio Arida, economista-chefe da equipe de Geraldo Alckmin, do PSDB, que participa da elaboração do plano de governo do tucano. Para Arida, a emenda do teto “não faz sentido” porque “engessa a economia por vinte anos”. Eduardo Bandeira, economista de Marina Silva (Rede), e Ana Paula Oliveira, de Álvaro Dias (Podemos), também prevêem revisão do teto de gastos. Para Oliveira, não se pode “engessar” gastos, “se queremos ter crescimento de 5% ao ano”.

A exceção é Paulo Guedes, economista de Jair Bolsorano (PSL) que apoia a norma e promete “aprofundá-la”, sem dar detalhes. A posição da maioria dos economistas dos candidatos ficou clara em debate realizado nesta quarta, em Brasília, ou em declarações recentes à imprensa. 

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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