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Minas, um Estado à deriva

Se você acompanha meu trabalho há mais tempo sabe dos lamentos pela percepção de repórter de que estão acabando com Minas Gerais

Eduardo Costa|Eduardo Costa

Minas Gerais já perdeu R$150 bilhões
Minas Gerais já perdeu R$150 bilhões Minas Gerais já perdeu R$150 bilhões

Se você acompanha meu trabalho há mais tempo sabe de meus lamentos repetidos pela percepção de repórter de que estão acabando com Minas Gerais. A falta de liderança de um governador para reunir nossas bancadas federais e exigir obras básicas como Metrô de verdade, requalificação do Anel Rodoviário e duplicação da BR 381; a saída de nosso Estado de empresas que têm a ver com toda a nossa história, como as indústrias de café, leite e pão de queijo... Os equívocos da mineração, que deveria ser sustentável, decente, segura, respeitando as nascentes e pagando imposto justo para que as cidades tivessem compensação definitiva e, claro, prefeitos mais honestos e competentes para, com o minério, preparar suas cidades para o futuro.

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Nas últimas quatro décadas são relatos de gente inteligente, realmente comprometida com a vida, fazer alertas... E ninguém dá ouvido... Não há importância em quem quer preservar o meio ambiente porque o importante é faturar a qualquer preço e, de vez em quando, ajudar a eleger os amigos.

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Neste ambiente de cada um salvar o próprio mandato, fomos deixando correr solto em Brasília. Quando tentaram dividir os royalties do petróleo – que é encontrado em mar territorial – o então governador do Rio, Sérgio Cabral, botou o bloco na rua e contou com um silêncio inadmissível dos nossos representantes no Congresso, incluindo o mais carioca deles, Aécio Neves. Resultado: ficou como estava. Mas, quando o governo federal aprovou a Lei Kandir, isentando empresas exportadoras de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) não gritaram. Duas décadas depois, Minas já perdeu R$150 bilhões, está no buraco e nem assim reagimos.

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O deputado Sávio Souza Cruz adverte que estamos destruindo todo o planejamento de meio século para o desenvolvimento de nosso Estado. Israel Pinheiro criou a Fundação João Pinheiro, para pensar; Rondon criou a Açominas, a Fiat e a FMB (Fundição Brasileira de Metais) para agregar valor ao minério; Fancelino, Azeredo e Itamar criaram condições para a fábrica da Mercedes em Juiz de Fora. Vem o governo federal e destrói tudo com uma canetada, dizendo que quem exportar fica livre do principal imposto do Estado. Ou, decreta que o minério chega sem imposto à China, mas, tem imposto na Açominas.Pode?

Estão destruindo o futuro de Minas. Acorda governador, junta as forças políticas, vá para a Praça dos Três Poderes e exija o que é nosso.

Ou será que vamos continuar sendo o mais dócil poodle do governo federal.

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