Diante de informações publicadas na imprensa de que Bolsonaro estaria cogitando substituir o ministro da Relações Exteriores, Ernesto Araújo, pelo ex-presidente Michel Temer, o presidente tem dito a interlocutores próximos que trata-se de "fake news".
Ele chega a tratar o assunto com humor, e é categórico ao dizer que Ernesto Araújo será mantido no posto.
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Há pressão por parte de parlamentares para que o governo faça uma reforma ministerial, ou no mínimo uma dança de cadeiras, para acomodar novos aliados, especialmente de partidos do centrão que formam base governista no Congresso e tentam eleger os próximos presidentes da Câmara e do Senado.
Uma das pastas que poderia ter mudanças seria justamente a do MRE (Ministério de Relações Exteriores), tanto pelo fato de ter como titular um ministro considerado ideológico, como pela eleição do democrata Joe Biden nos Estados Unidos, presidente menos alinhado à política externa defendida por Araújo.
A pressão por espaços na Esplanada foi o pano de fundo na semana passada da demissão do 14º ministro de Bolsonaro desde o início da gestão. O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio foi demitido após mandar uma mensagem em grupo de ministros acusando o ministro da Secretaria de Governo, general Ramos, de querer entregar o seu cargo em negociações da reforma ministerial.