O depoimento à Polícia Federal do ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro repercute nas redes sociais. O Twitter é onde políticos se manifestam com maior ênfase, destacando trechos da oitiva divulgados nesta terça-feira (5), a pedido do próprio depoente, que abriu mão do segredo de Justiça em que corre o processo.
Um dos pontos que tem sido usado por aliados do presidente Jair Bolsonaro é o em que Moro se esquiva de imputar diretamente algum delito ao presidente da República. Ele disse aos investigadores da PF e da Procuradoria-Geral da República (PGR) que não acusou Bolsonaro de um crime e que esse juízo caberá às "instituições competentes”.
Roberto Jefferson, presidente do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), ironiza: “ A íntegra do depoimento de Sergio Moro à Polícia Federal revela que o ex-ministro tem muitas convicções, mas nenhuma prova.”
Já o ex-candidato à presidência pelo PSOL Guilherme Boulos usou um dos trechos da fala de Moro que se refere a eventual mensagem enviada por Bolsonaro: “’Você tem 27 Superintendências da PF, eu quero apenas uma, a do Rio de Janeiro.’ Podia ser uma mensagem de ameaça de um miliciano. E era.”
A mesma mensagem é destacada em tuíte de João Amoêdo, um dos fundadorees do Novo, seguido do seguinte comentário: “O depoimento de Moro oficializa e reforça as graves denúncias que fez no dia de sua saída do governo e mostra a necessidade de uma urgente investigação dos atos do presidente”.
A presidente nacional do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), postou: "Mas será que nem contra o notório Jair Bolsonaro o Sergio Moro consegue apresentar uma prova do que afirmou? Só convicções e atos indeterminados. Os dois se merecem. O Brasil é que não merece esses dois farsantes", disse a parlamentar.