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Cotado para ser Ministro de Relações Institucionais ou da Secretaria de Governo de Bolsonaro, o deputado Alberto Fraga (Dem- DF) disse à Coluna que não houve nenhum convite oficial.
Bastante próximo do presidente eleito, antes do segundo turno, Fraga levou um grupo de 30 parlamentares ligados à pauta da segurança pública para uma reunião na casa do então candidato. Na ocasião, Bolsonaro disse, em um vídeo, que o deputado iria comandar a bancada. Na semana que vem está marcada uma reunião com o presidente eleito em Brasília.
Candidato ao governo do Distrito Federal, ele recebeu uma condenação na Justiça poucos dias antes do pleito.
- Tive uma condenação em primeira instância de um processo que estava parado há dez anos, desde 2008, e de forma rápida, em dois dias, fui condenado em primeira instância. Não fiz apelação porque o juiz até agora não soltou o processo pro TJ. Que é segunda instância. O caminho a ser percorrido é muito longo. O resto é puro fake News, como uso de tornozeleira. Como se nem tem trânsito em julgado?
O senhor vê motivação eleitoral já que era candidato ao governo com chance de ir ao segundo turno?
— Quando eu estava assumindo a liderança da campanha inexplicavelmente tomei ciência da condenação num debate político. E meu advogado é primo do Ibaneis [governador eleito do DF], meu principal opositor. Então temos que um juiz de primeira instância interferiu no processo eleitoral. Quando a média de sentença dele é de 6 meses.
E quais os detalhes do processo em si?
— O processo é mais absurdo ainda. Um bandido, que desviou dinheiro de uma cooperativa, foi descoberto pelos cooperados, expulso da cooperativa e pra justificar o desvio disse que o dinheiro era para o governo [Fraga era secretário na época], pra secretaria e pra funcionários da secretaria. Só que não tem uma prova, uma reunião, um documento, um e-mail, um telefonema um encontro meu com esse bandido. Não posso responder por algo colocado por uma boca dessa pessoa e o juiz acatou como prova. Ainda sou do tempo que cabe a quem acusa o ônus da prova. E porque alguém pagaria propina por um direito garantido na Justiça? É um processo sem pé nem cabeça.