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Em posse, Barroso critica fake news e fala sobre adiamento das eleições

Ministros Luís Roberto Barroso e Edson Fachin tomaram posse nesta segunda-feira (25) como presidente e vice-presidente, respectivamente, do TSE

R7 Planalto|Mariana Londres e Plínio Aguiar, do R7

Ministro Luís Roberto Barroso toma posse como presidente do TSE
Ministro Luís Roberto Barroso toma posse como presidente do TSE Ministro Luís Roberto Barroso toma posse como presidente do TSE

Em uma cerimônia inédita, sem convidados e sem plateia presencial em decorrência da pandemia do novo coronavírus, os ministros Luís Roberto Barroso e Edson Fachin tomaram posse nesta segunda-feira (25) como presidente e vice-presidente, respectivamente, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A nova gestão comandará a Corte até fevereiro de 2022.

"As eleições somente devem ser adiadas se não for possível realizá-las sem risco para a saúde pública; em caso de adiamento, ele deverá ser pelo prazo mínimo inevitável; prorrogação de mandatos, mesmo que por prazo exíguo, deve ser evitada até o limite; o cancelamento das eleições municipais, para fazê-las coincidir com as eleições nacionais em 2022, não é uma hipótese sequer cogitada", afirmou Barroso.

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Barroso aponta que é necessário combater as fake news, ainda mais em ano eleitoral. São terroristas virtuais que utilizam como tática a violência moral, em lugar de participarem do debate de ideias de maneira limpa e construtiva", disse. "E, mais que nunca, nós precisaremos de Imprensa profissional, que se move pelos princípios éticos do jornalismo responsável, capaz de separar fato de opinião, e de filtrar a enorme quantidade de resíduos que circula pelas redes sociais", completou.

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O novo presidente do TSE também defendeu a Constituição de 1988. “Com ela, fizemos travessia bem-sucedida de um regime autoritário, intolerante, muitas vezes violento, para um Estado Democrático de Direito com eleições periódicas e alternância de poder”, afirmou.

"Democracia não é o regime político do consenso, mas aquele em que o dissenso é legítimo, civilizado e absorvido institucionalmente. Quem pensa diferente de mim não é meu inimigo, mas meu parceiro na construção de um mundo plural. A democracia tem lugar para conservadores, liberais e progressistas. Nela só não há lugar para a intolerância, a desonestidade e a violência."

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“Hoje, vivemos sob o reinado da Constituição, cujo intérprete final é o STF. Como qualquer instituição em uma democracia, o Supremo está sujeito a crítica pública e deve estar aberto ao sentimento da sociedade. Cabe lembrar, porém, que o ataque destrutivo às instituições, a pretexto de salvá-las, depurá-las ou expurga-las, já nos trouxe duas longas ditaduras. São feridas profundas na nossa história que ninguém há de querer abrir”, defendeu.

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Ainda durante seu discurso, Barroso informou os três pilares de sua gestão à frente do TSE: voto consciente, atrair jovens para a política e o empoderamento feminino - o ministro ilustrou o último tópico com a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, como líder mais bem avaliada no enfrentamento ao novo coronavírus.

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O novo presidente do TSE argumentou, ainda, que a falta de educação produz vidas menos iluminadas, trabalhadores menos produtivos e um número limitado de pessoas capazes de pensar criativamente um país melhor e maior. "A educação, mais que tudo, não pode ser capturada pela mediocridade, pela grosseria e por visões pré-iluministas do mundo. Precisamos armar o povo com educação, cultura e ciência", defendeu.

Cerimônia

Participaram, além de Barroso e Fachin, apenas duas autoridades estiveram no plenário do TSE: a ministra Rosa Weber, até então presidente do tribunal, e o ministro Luis Felipe Salomão, integrante da Corte.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), os presidentes da Câmara dos Deputados e Senado Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP), respectivamente, o vice-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luiz Fux - Dias Toffoli está internado, o procurador-geral da República, Augusto Aras, e o presidente do Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz, também estiveram na posse por meio de videoconferência.

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