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Foco de Bolsonaro deve ser ajustar as contas públicas, diz economista

O superintendente da Associação Comercial de SP, Marcel Solimeo, acredita que o desequilíbrio fiscal é a principal fonte de instabilidade na economia

R7 Planalto|Caio Sandin, do R7

Jair Bolsonaro ao lado de seu superministro da economia, Paulo Guedes
Jair Bolsonaro ao lado de seu superministro da economia, Paulo Guedes Jair Bolsonaro ao lado de seu superministro da economia, Paulo Guedes

Jair Bolsonaro demonstrou durante toda sua campanha que a economia será um de seus focos principais ao assumir a Presidência. Prova disso é a fusão de Ministérios para dar mais poder ao seu guru e superministro na área econômica, Paulo Guedes.

Para analisar melhor o cenário que espera o País nos próximos anos, a Coluna conversou com Marcel Solimeo, superintendente institucional da Associação Comercial de São Paulo, a mais forte do país. Para ele, o otimismo que vemos atualmente deve ser refletido em crescimento econômico: "No ano que vem é possível chegar a 3, 3.5%", isso "se a expectativa positiva que nós estamos sentindo continuar quando as medidas efetivas forem adotadas". Estes números seriam um aumento significativo em relação ao pouco mais de 1% que deve ser registrado este ano.

Solimeo é categórico ao afirmar que "o principal foco, no momento, tem que ser atacar as finanças públicas e, dentro disso, a reforma da Previdência porque enquanto o governo não conseguir melhorar a situação das contas públicas, fica sempre uma expectativa de que possa haver aumento dos juros ou aumento de impostos, porque o desequilíbrio do governo é, hoje, a principal fonte de instabilidade na economia"

Para ele, "se não equacionar a questão do déficit público, outras medidas acabam sendo prejudicadas, mesmo que apareça os programas de parceria público-privadas, aumento de investimentos, sempre fica a preocupação de que o Estado como um todo não vai ter condições de pagar suas contas sem o aumento de tributos"

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Ao falar sobre investimentos, o economista reforça a necessidade de "parcerias público-privadas para destravar essas obras que estão paralisadas. Os avanços no pré-sal vêm gerando uma expectativa positiva de investimentos no setor e podem alavancar investimentos. Mas tem que ser via parcerias público-privadas, via investimento estrangeiro, sem atrapalhar com burocracia. O governo tem que começar um programa para desburocratizar a economia".

Já com relação ao superministério da economia, comandado por Paulo Guedes, Solimeo acredita que essa centralização possa "assegurar uma maior unidade nas decisões". Mas tudo depende de "como vão ficar as estruturas" e "quais vão ser as pessoas, porque você pode ter um superministro, mas se ele não tiver uma equipe que cubra as várias áreas que vão ser absorvidas pelo Ministério e a equipe não for boa, ele não vai poder desempenhar".

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