A movimentação de cargas dos portos públicos brasileiros cresceu 6,6% no primeiro semestre de 2020, em relação ao mesmo período do ano passado. Esses dados, referentes aos meses de janeiro a junho, são do Ministério da Infraestrutura e foram colhidos junto a oito autoridades portuárias – que concentram cerca de 80% dos contratos de arrendamentos nos portos nacionais.
Durante o período analisado, foram transportadas 168,8 milhões de toneladas. Em 2019, a movimentação foi de 158,4 milhões de toneladas.
Mesmo com a pandemia, cinco autoridades portuárias tiveram acréscimo na movimentação no primeiro semestre. São elas, em ordem: Companhia Docas do Pará (26,5%), Porto de Suape (16,7%), Portos do Paraná (12,6%), Santos Port Authority (12%) e Emap (5,1%).
"Os números comprovam que, mesmo com a pandemia, o setor portuário continua funcionando bem e cumprindo o papel de escoar seus produtos para outros países, colaborando, assim, com a balança comercial brasileira. É importante observar que o cenário geral ainda é de crescimento e resiliência", ressalta o ministro da infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
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Para atenuar os efeitos da crise sanitária, o governo publicou medida provisória, a 945, que altera a forma de escalação dos trabalhadores avulsos de forma presencial para meios eletrônicos. A MP também proibiu a escalação de trabalhadores com sintomas de covid-19. Esses profissionais passaram a ter garantia de indenização compensatória de 50% da média mensal recebida entre 1º de outubro de 2019 e 31 de março de 2020.
De acordo com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), até maio de 2020, o setor portuário, em geral, movimentou 436 milhões de toneladas, alta de 3,98% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os dados incluem portos públicos e terminais de uso privado (TUPs). A movimentação de graneis líquidos e gasosos impactou os números, registrando alta de 16,5% no período.