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PEC Fiscal abre espaço de até R$ 30 bi para auxílio e congela salários

Texto que foi apresentado a líderes cria cláusula de calamidade. Proposta deve ser votada na quinta e ainda pode sofrer alterações

R7 Planalto|Mariana Londres, de Brasília

O Senador Márcio Bittar (MDB-AC) é o relator da PEC fiscal, que unificou as PECs Emergencial e do Pacto
O Senador Márcio Bittar (MDB-AC) é o relator da PEC fiscal, que unificou as PECs Emergencial e do Pacto O Senador Márcio Bittar (MDB-AC) é o relator da PEC fiscal, que unificou as PECs Emergencial e do Pacto

A minuta da PEC Fiscal (união das PECs Emergencial e do Pacto Federativo e com cláusula de calamidade) apresentada pelo senador Márcio Bittar (MDB-AC) a líderes do Congresso, à qual o R7 Planalto teve acesso, abre espaço fiscal de até R$ 30 bilhões para a nova rodada de auxílio emergencial (sem que esse recurso esteja submetido ao teto de gastos, à regra de ouro ou à meta fiscal), congela salários e promoções de servidores por até dois anos e desobriga o governo a reajustar o salário mínimo, que poderá ficar congelado. 

Além do mínimo, o governo também estaria desobrigado a conceder reajuste do seguro-desemprego, salário-família, auxílio-reclusão e aposentadoria dos servidores públicos.

Estes são os principais pontos do texto que será votado na quinta-feira (25) pelo Senado e pode, portanto, sofrer alterações. Após aprovada a PEC Fiscal, o governo deve criar o novo auxílio emergencial via medida provisória, para que os pagamentos possam ser feitos entre março e maio ou até junho, de acordo com desenho que ainda está sendo fechado. 

O governo está confiante na aprovação da PEC no Senado já na quinta-feira e espera celeridade também na análise na Câmara dos Deputados, para poder liberar a MP do auxílio assim que promulgar a emenda constitucional. 

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A possibilidade da criação do auxílio fora do teto de gastos é feita pela cláusula de calamidade. O estado de calamidade seria decretado após a promulgação da PEC. Os congelamentos de salários portanto, valeriam por mais dois anos após o estado de calamidade, excluindo categorias que já tiveram aumento, como os militares. 

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Os chamados "gatilhos do teto", que são as medidas acionadas em caso de desequilíbrio fiscal, estão no artigo 167 que seria incluso na Constituição Federal, uma das mudanças que a PEC propõe. De acordo com o texto, caso a relação entre despesas correntes e receitas correntes de um período de 12 meses for superior a 95% os Poderes podem congelar salários de servidores, não podem criar novos cargos ou promover servidores, fazer concursos públicos, nada que crie novas despesas. 

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Outro ponto do texto, no artigo 115, diz que o presidente da República encaminhará ao Congresso Nacional, em até seis meses após a promulgação da emenda, um plano de redução gradual e linear de incentivos e benefícios federais de natureza tributária. Ou seja, o presidente irá gradualmente cortar reduções de impostos setoriais hoje vigentes. 

O texto também elimina da Constituição as vinculações mínimas para as áreas da saúde e de educação. Esse ponto foi alvo de críticas da oposição, como diz o líder da minoria, senador Jean Paul Prates (PT-RJ): "O que a base do governo está fazendo é uma chantagem nefasta. A PEC deveria apenas viabilizar a prorrogação do estado de calamidade, do auxílio emergencial e de outras despesas como do SUS, mas virou um pacote de maldades que não podemos tolerar", disse. 

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