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Agrishow abre neste domingo para poucos convidados

Maior feira de tecnologia do Agro na América Latina espera R$ 13,3 bilhões em negócios

Trilha do Agro|Valter Puga JrOpens in new window

A tradicional Agrishow deste ano será aberta excepcionalmente neste domingo (28), em Ribeirão Preto (SP), um dia antes do que é costume, para um grupo restrito de convidados. São esperadas para a abertura cerca de 600 pessoas, entre elas o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e o Governador do Estado de São Paulo, Tarcísiode Freitas, além de políticos da região e dirigentes de algumas das mais de 800 empresas expositoras. Acesso ao público somente a partir de segunda-feira (29).

A mudança na abertura oficial da feira tem motivo: evitar confrontos políticos.

Criada 30 anos atrás, e considerada uma das cinco mais importantes feiras de tecnologias agrícolas do mundo, a Agrishow é, seguramente, a maior feira de tecnologia para o setor na América Latina. Ponto de encontro de produtores rurais, é reconhecida por mostrar novidades em máquinas, equipamentos serviços para a atividade no campo.

Mas no ano passado, a direção da Agrishow passou por uma situação nada menos do que constrangedora. Quando confirmado que o ex-presidente Jair Bolsonaro estaria na abertura da feira, acompanhado de apoiadores do agronegócio, o ministro Carlos Fávaro – então récem empossado no cargo -- se disse “desconvidado” e cancelou sua visita. Bolsonaro foi recebido por centenas de pessoas, passou pela feira, enquanto a diretoria da Agrishow ficou desconcertada.

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A Agrishow segue até a sexta-feira (03/05) e deve atrair mais de 195 mil pessoas nesse período. Este ano, os organizadores esperam que – apesar das expectativas de queda nas vendas de máquinas e equipamentos -- o faturamento dos expositores seja próximo do obtido no ano passado: cerca de R$ 13,3 bilhões.

As indústrias temem que, diante da queda de produção da safra de grãos em2023/24, e de preços mais baixos pagos pela soja e milho, haja uma redução nos investimentos dos produtores rurais. Mas o mercado de máquinas, insumos e serviços é grande no Brasil e atraiu mais expositores este ano, como apontam os dirigentes da Abimaq, a Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas, uma das proprietárias da feira.

Para manter o faturamento, as empresas contam com crédito de bancos e cooperativas para sustentar as vendas. A Credicitrus, por exemplo, adiantou que estima movimentar R$ 400 milhões em volume de negócios, 15% acima do investido no ano passado, enquanto o Santander espera avançar em consórcios com taxas inferiores a 13% ao ano. Mas quem procura financiamento e crédito na Agrishow deste ano é o produtor rural que quer dinheiro rápido, ou seja, antes do anúncio do próximo Plano Safra, cujo volume, taxas e regras de crédito só será anunciado pelo Governo Federal em junho. Salvo alguma surpresa neste domingo, o que é pouco provável.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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