Famílias que deixaram de maneira pacífica o conjunto habitacional do programa Minha Casa Minha Vida na última quarta-feira (19) após a Justiça determinar reintegração de posse passaram a acampar em um campo de futebol ao lado do condomínio que fora invadido. Os sem-teto dizem que não têm para onde ir.
Outras famílias voltaram a viver em barracos em uma pequena comunidade ao lado do conjunto habitacional de Guadalupe, na zona norte do Rio. Quem não tem condições de alugar uma casa ou barraco rumou para o acampamento.
Dezenas de mulheres e crianças, juntamente com móveis e utensílios domésticos, estavam nesta quinta-feira (20) no campo de futebol (assista à reportagem abaixo).
A reintegração foi deferida na quinta-feira passada (13) pelo juiz da 1ª Vara Cível da Regional Pavuna, Paulo José Cabana de Queiroz Andrade. Segundo denúncias, além das famílias, havia entre os invasores criminosos fortemente armados.
O comandante do Batalhão de Irajá, tenente-coronel Luiz Carlos Alves, que negociou com os invasores a saída do condomínio lamentou a falta de contrapartida do poder público em relação às famílias desalojadas.
Na última segunda-feira (17), Alves pediu exoneração do cargo para se aposentar após 32 anos de atuação na Polícia Militar. Segundo ele, a saída não tem qulaquer relação com a reintegração de posse.