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Delegado ouve em hospital manifestante ferido por arma de fogo no Rio

Vítima foi internada em uma clínica particular na zona sul da cidade

Rio de Janeiro|com R7

Cerca de 10 mil pessoas participaram da passeata no centro, segundo o Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Ensino)
Cerca de 10 mil pessoas participaram da passeata no centro, segundo o Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Ensino) Cerca de 10 mil pessoas participaram da passeata no centro, segundo o Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Ensino)

A Clínica São Vicente, em Botafogo, zona sul do Rio, confirmou que recebeu um paciente ferido por arma de fogo. De acordo com a vítima, que foi operada, ela participava da manifestação dos professores no centro do Rio.

O delegado-titular da 15ª DP, Orlando Zaccone, estava na clínica, por volta das 12h, para ouvir o rapaz.

Um vídeo mostra dois homens fazendo disparos na direção dos manifestantes na noite de terça. Segundo a polícia, as imagens estão sendo analisadas para que os autores dos disparos sejam identificados. Nenhuma hipótese é descartada, segundo a polícia. É investigada, inclusive, a hipótese de os homens serem policiais. Ainda não se sabe se foram esses tiros que atingiram o paciente da Clínica São Vicente.

O nome e idade do paciente não foram divulgados porque a clínica não tem autorização da família. É a primeira vez, desde a primeira manifestação no Rio, em 6 de junho, que um manifestante é ferido por disparo de arma de fogo.

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Segundo boletim médico, o paciente baleado deu entrada na emergência da Clínica São Vicente, com fratura aberta nos dois antebraços, tendo sido submetido a uma cirurgia, e transferido para um quarto. O estado de saúde ele é estável. Segundo a clínica, o rapaz permanecerá internado por mais uma semana e deverá ser submetido a um segundo procedimento cirúrgico, com objetivo de fixação da fratura.

Pelo menos 13 cápsulas de armas de fogo foram recolhidas em ruas do centro do Rio após os confrontos entre policiais e manifestantes na noite desta terça-feira (15), como afirmou o advogado Ramon Teixeira, integrante do grupo Habeas Corpus, que tem o apoio da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). O principal local em que armas de fogo foram disparadas contra manifestantes foi a rua México, nos fundos do Museu Nacional de Belas Artes, cuja fachada tinha supostas marcas de tiros. A reportagem não estava no local, mas advogados voluntários, socorristas voluntários e jornalistas afirmaram ter ouvido pelo menos seis disparos na México, por volta das 23h de terça.

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Teixeira mostrou cinco cápsulas que levava na mão.

— Parece que o padrão foi de tiros para o alto, mas temos informações de que houve disparos na direção de manifestantes.

De acordo com a polícia, 182 manifestantes foram detidos depois das manifestações. Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil, o número de integrantes do protesto levados para delegacias foi de 210.

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