Uma idosa de 63 anos que viveu em situação análoga à escravidão por 41 anos foi resgatada por agentes do MPT (Ministério Público do Trabalho) e da PF (Polícia Federal) em uma casa no bairro da Abolição, na zona norte do Rio de Janeiro, na segunda-feira (25). A informação foi divulgada nesta quinta (28) no Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo.
A mulher contou que nasceu em São Paulo e trabalhava para a família desde quando tinha 22 anos. Segundo o MPT, o vínculo empregatício da mulher nunca foi registrado na carteira de trabalho dela. Por isso, a vítima não recebia salário e não tinha direito a férias.
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Ainda segundo o MPT, a empregada relatou que recolhia latinhas na rua e entregava o dinheiro da venda para a patroa. Além disso, a mulher afirmou que o médico da família a diagnosticou com covid-19, mas não foi realizado nenhum teste clínico.
A PF informou que vai instaurar um inquérito para apurar o caso. Os empregadores da idosa responderão em liberdade.
A ação ocorreu no âmbito da Operação Resgate, a maior força-tarefa já realizada no país para libertar trabalhadores submetidos a trabalhos análogos à escravidão. A PF informou que cerca de 140 pessoas já foram resgatadas na ação.
Mais de 500 agentes entre policiais federais, auditores fiscais do trabalho, procuradores do trabalho e agentes de segurança institucional participam da operação, que continua em andamento.
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*Estagiária do R7, sob supervisão de