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Justiça manda soltar policial militar acusado de matar dançarino DG no Rio

Desembargador alegou "falta de fundamentação" no laudo pericial 

Rio de Janeiro|Do R7, com Estadão Conteúdo

DG foi encontrado morto na comunidade Pavão-Pavãozinho, em abril de 2014
DG foi encontrado morto na comunidade Pavão-Pavãozinho, em abril de 2014 DG foi encontrado morto na comunidade Pavão-Pavãozinho, em abril de 2014

A Justiça do Rio concedeu nesta terça-feira (26) liberdade ao policial Walter Saldanha Correa Júnior. O soldado é acusado de ser o autor do tiro que assassinou o dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, de 26 anos, o DG, em abril de 2014. A decisão foi unânime.

Na decisão, o desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, da 7ª Câmara Criminal, alegou "falta de fundamentação" no laudo pericial e sugeriu aplicação de outra medida cautelar. 

PM indiciado

DG foi assassinado na madrugada de 22 de abril de 2014, durante uma ação policial na favela do Pavão-Pavãozinho, em Ipanema, na zona sul do Rio. O inquérito foi concluído no dia 3 deste mês indiciou o soldado Walter Saldanha Correa pelo homicídio. Outros seis policiais militares foram indiciados por falso testemunho e prevaricação. Dois PMs foram inocentados. A Polícia Civil afirma que DG foi à favela para visitar a filha Laylla, então com 4 anos, e acabou em meio ao tiroteio entre traficantes e policiais, onde foi confundido com criminosos. Para escapar dos tiros, tentou fugir saltando por telhados de imóveis.

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Segundo a versão dos policiais, por volta das 22h, do dia 21 de abril de 2014, alguém ligou para o Disque-Denúncia e avisou que o chefe do tráfico local, conhecido como Pitbull, estava no teleférico que serve a comunidade.

A informação foi transmitida a um sargento da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), que perguntou aos subordinados quem gostaria de checar se a denúncia tinha procedência. O debate se prolongou e só à 0h30 os PMs foram patrulhar a comunidade.

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Quando chegou a uma quadra esportiva, o grupo composto por nove policiais foi recebido a tiros e revidou. Três policiais buscaram abrigo em um prédio de cinco andares perto da quadra. Os outros seis ficaram na rua.

A eletricidade acabou, houve tiroteio e, ao fim do confronto, os policiais voltaram para a sede da UPP. Três policiais afirmaram ter visto um vulto passando pelo teto do imóvel onde os criminosos estariam. O soldado Correa Junior afirmou então que acreditava ter baleado a pessoa que estava no teto.

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Ele foi atingido pelo soldado Walter quando estava no quarto andar de um prédio. O tiro atingiu as costas de DG, de baixo para cima. Mesmo ferido, o dançarino continuou fugindo. Ele passou por duas caixas d'água e acabou morrendo no prédio de uma creche.

Quando o corpo de DG foi encontrado e identificado, moradores da favela promoveram um protesto em ruas de Ipanema. 

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