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Pais de Marielle lamentam saída de promotora de investigação

Carmen Eliza Bastos foi afastada do caso após divulgação de fotos em que ela apoiava a campanha de Jair Bolsonaro à Presidência

Rio de Janeiro|Do R7

Pais de Marielle foram chamados ao MP do Rio
Pais de Marielle foram chamados ao MP do Rio Pais de Marielle foram chamados ao MP do Rio

Os pais da vereadora Marielle Franco, assassinada em março do ano passado no Rio, consideraram "uma perda" a saída da promotora Carmen Eliza Bastos da equipe do Ministério Público que investigava a morte da política e do motorista dela, Anderson Gomes.

Em entrevista ao jornal O Globo, Antônio Francisco da Silva Neto, pai da vereadora, afirmou que "foi covardia o que fizeram com ela [promotora]".

Carmen teve de deixar as investigações após a divulgação de fotos em que ela apoiava o então candidato à presidência da República Jair Bolsonaro.

Em uma das imagens, a procuradora aparecia com uma camiseta com um desenho do rosto do político. Em outra foto, está ao lado do deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL), que quebrou uma placa em homenagem a Marielle durante a campanha.

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Na internet, a isenção dela foi questionada, o que foi rebatido pelo pai de Marielle.

"Independente de quem ela vote ou partido que apoie, o trabalho dela sempre foi pautado pela isenção. Somos testemunhas disso. Infelizmente, apesar do nosso apelo para ela continuar à frente das investigações e da ação penal, não nos ouviram."

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O procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, chegou a questionar os pais da política sobre a posição deles, mas a promotora acabou decidida a se afastar.

O nome de Carmen apareceu na imprensa no começo da semana, após a divulgação de que dois acusados pelo assassinato da vereadora se encontraram na casa de um deles, Ronnie Lessa, no condomínio Vivendas da Barra, onde o presidente Jair Bolsonaro possui casa.

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A TV Globo noticiou o depoimento de um porteiro do condomínio que dizia que Élcio de Queiroz teria dito que iria à casa do presidente no dia da morte. A informação foi desmentida no dia seguinte pelas promotoras do caso, incluindo Carmen, em entrevista coletiva.

O Ministério Público afirmou que "em razão dos acontecimentos recentes, que avalia terem alcançado seu ambiente familiar e de trabalho, Carmen Eliza optou voluntariamente por não mais atuar no caso".

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