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Polícia identifica 5 integrantes do grupo de suspeitos de estuprar mulher em São Gonçalo

Vítima foi colocada em programa de proteção à testemunha porque estaria sofrendo ameaças

Rio de Janeiro|Da Agência Brasil, com Agência Estado

A polícia informou nesta segunda-feira (24) que já identificou cinco suspeitos de terem participado do estupro coletivo de uma mulher de 34 anos em São Gonçalo, região metropolitana, além dos dois adolescentes que já tinham sido apreendidos em flagrante no dia do crime. A vendedora estava em um bar na comunidade onde vive, na madrugada de 17 de outubro, quando foi abordada pelos suspeitos e levada a um local para ser estuprada.

O crime foi flagrado por policiais militares, que faziam uma operação contra o tráfico de drogas na comunidade. Os dois adolescentes foram detidos e os demais suspeitos conseguiram fugir. A vítima informou que cerca de dez homens participaram do crime.

A delegada titular da Deam (Delegacia Especial de Atendimento à Mulher) em São Gonçalo, Débora Rodrigues, vai pedir a inclusão da mulher no Programa de Proteção à Testemunha. Segundo a delegada, ela vem sendo ameaçada de morte pelos criminosos que ainda não foram presos.

— Tendo em vista que ela denunciou traficantes do local, entendo que o caso é muito grave. Depois que fez o registro (da ocorrência) ela passou a ser ameaçada.

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O pedido será encaminhado nesta segunda-feira (24) à subsecretaria de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos, mas a vítima já está afastada de São Gonçalo para que sua segurança seja preservada. Aos 34 anos, a mulher tem três filhas e este foi o quarto ataque que sofreu do mesmo grupo.

O ataque

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O caso foi revelado pelo jornal Extra. A vendedora, de 34 anos, foi atacada na madrugada de segunda-feira (17). Ela estava em um bar com um amigo, no bairro Lagoinha, em São Gonçalo, quando quatro jovens ligados ao tráfico da região a arrastaram para o banheiro do bar. De lá, ela foi levada para uma rua deserta e com pouca iluminação, onde passou a ser estuprada pelo grupo. Outros homens se juntaram aos demais agressores. Um carro do batalhão de São Gonçalo (7º BPM) passou pelo local, a encontrou nua e a socorreu.

Os policiais encontraram dois adolescentes no caminho, que foram reconhecidos pela mulher, e detidos. Os dois seguiram na mesma viatura que a vítima e no caminho para a 74ª Delegacia de Polícia eles voltaram a importunar a mulher. O crime só foi encaminhado à delegacia especializada depois que o caso foi revelado pela imprensa.

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Ao Extra, a vendedora contou que há quatro anos um ex-namorado divulgou vídeo íntimo gravado sem consentimento na favela onde ela mora. Depois disso, os traficantes a estupraram quatro vezes, em quatro anos. Ela não os denunciou por temer pela segurança dela e das filhas.

Na tarde de sábado (22), a vítima prestou novo depoimento e afirmou que participaram do ataque cerca de dez homens. Segundo a delegada da DEAM, a mulher está sendo assistida pela Defensoria Pública e a subsecretaria de Políticas Públicas.

Vítima voltou a ser molestada em carro da PM

A Polícia Civil e a Polícia Militar também já abriram procedimentos para investigar a conduta de seus agentes ao atenderem o caso. Conduzida à delegacia ao lado de seus agressores, a mulher voltou a ser molestada no carro da PM. Na delegacia, o agente escreveu termos vulgares ao registrar a ocorrência, com expressões como "boquete triplo", "fizeram anal e vaginal", "não usaram camisinha, no pelo", e ainda "que a declarante só gritou quando empurraram um galho de árvore na sua bunda".

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