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Rio: cooperativa é alvo de ação por lavagem de dinheiro para tráfico

Presidente de empresa de reciclagem do Complexo do Caju teria movimentado R$ 25 milhões para facção criminosa

Rio de Janeiro|Rafaela Oliveira, do R7*, com Record TV Rio

Polícia cumpre mandados hoje (21)
Polícia cumpre mandados hoje (21) Polícia cumpre mandados hoje (21)

A Polícia Civil realiza, na manhã desta quarta-feira (21), uma operação contra a facção que atua no Complexo do Caju e na Maré, na zona norte do Rio. Três pessoas de uma cooperativa de reciclagem são alvos da investigação, que apura a lavagem de dinheiro para os criminosos.

Segundo os agentes, o objetivo da ação é cumprir 15 mandados de busca e apreeensão ligados ao esquema. De acordo com as investigações, o grupo movimentou mais de R$ 50 milhões entre 2018 e 2020.

A operação ainda está em andamento. Às 7h30, dois homens já haviam sido presos e armas, documentos, drogas, celulares e computadores, apreendidos.

Agentes da 17ª DP (São Cristóvão), Core e outras delegacias participam da ação. 

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Alvos

Desde 2018, a polícia identificou uma movimentação de aproximadamente R$ 25 milhões da presidente da cooperativa. No entanto, ela declara uma renda de cerca de R$ 3 mil. 

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Além dela, o tesoureiro da empresa, que é seu companheiro, recebeu o auxílio emergencial, mas movimentou quase R$ 4 milhões. Segundo os dados levantados, ele possui anotações criminais. Dentre elas, uma passagem por receptação trabalhando nessa mesma cooperativa de reciclagem.

O funcionário foi preso nesta manhã, portando uma arma raspada.

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Há, ainda, um terceiro alvo, que é o motoboy da cooperativa, conhecido como "Baixinho". Ele seria o responsável por entregar o dinheiro em espécie para os criminosos. Em um ano, foram identificados 22 saques na conta da empresa, o que representa o valor de R$ 1,5 milhão. Na conta pessoal, a polícia identificou a quantia total de R$3 milhões. 

Outros repasses

Também foram identificados vários repasses financeiros de familiares para chefes do tráfico dessas comunidades. Segundo o setor de inteligência da Polícia Civil, Luis Alberto Santos de Mouro, o "Bob do Caju", continua exercendo liderança mesmo preso no Complexo Penitenciário de Bangu em 2017.

Ele estaria ocultando o dinheiro vindo do tráfico por meio da estrutura empresarial da cooperativa, além de exercer influência em empresas de limpeza tercerizadas que atuam no lixão do Caju. 

A polícia identificou ainda a influência de "Felipão", braço direito de Bob. 

Além da dupla, participariam do esquema: uma das filhas de "Samuca da Vila dos Pinheiros" ou "Coroa", um dos maiores traficantes do Rio de Janeiro, que está na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte; a namorada de "Lobo", traficante que fugiu da prisão e está escondido no Complexo do Caju; e "Motoca", condenado no ano passado por tráfico na comunidade, que teria recebido R$100 mil. 

*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa

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