O Sindicato dos Metroviários de São Paulo anunciou, depois de assembleia realizada na noite desta segunda-feira (19), o cancelamento da greve sanitária marcada para esta terça-feira (20).
A decisão foi tomada após o anúncio de um acordo com o governo do estado para a vacinação de cerca de 2.800 operadores e condutores de trens, de todas as idades, do Metrô e da CPTM.
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O grupo se tornou prioritário para a Secretaria de Transportes Metropolitanos de São Paulo em função da exposição à covid-19 — a categoria protestava pelo número de trabalhadores infectados e mortos pela doença.
Segundo números apurados pelo sindicato, divulgados na semana passada, houve 24 mortes e 1.147 afastamentos de metroviários de São Paulo em decorrência do novo coronavírus.
A coordenadora-geral do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, confirmou a suspensão da greve, mas revelou que a categoria deverá manter uma mobilização e deverá realizar nova assembleia na próxima semana.
"Os metroviários e as metroviárias decidiram adiar a greve, a partir da conquista parcial que tivemos no plano de vacinação. Mas, vamos seguir em luta, em mobilização", disse.
Na próxima sexta-feira (23), os metroviários devem se reunir com o secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, quando pretendem exigir a extensão da vacinação para o conjunto da categoria e a abertura das negociações da campanha salarial.