Grupos da Turquia e da Espanha, que ficaram conhecidos mundialmente por ocupar praças metropolitanas, agora endossam o "Movimento Augusta", que luta para tirar do papel o parque de mesmo nome.
O grupo 15M é composto por ativistas espanhóis que protagonizaram o primeiro acampamento da praça Puerta del Sol, na capital Madrid, em 2011. Por sua vez, os turcos ocuparam o parque Gezi, em Istambul, e desencadearam uma série de protestos pelo país em 2013.
O destino do terreno concentrado entre as ruas Caio Prado e Marquês de Paranaguá, na região central de São Paulo, será decidido na Justiça.
O motivo é simples: as construtoras Cyrela e Setin são as proprietárias do espaço e pretendem construir ali três torres de 15 andares, além da construção de um parque privado cobrindo 60% da área; já o grupo de jovens luta para que o espaço, antes decretado parque público pela prefeitura, se torne de livre acesso a todos.
O terreno de 24.752 metros quadrados, que conta com cerca de 600 árvores nativas da Mata Atlântica, recebeu 4.000 pessoas que lutam pela mesma causa e que se mobilizaram pelo Facebook. Chamado de “Verão Parque Augusta”, o evento contou com saraus e apresentações de capoeira.
Na última quarta-feira (21), policiais militares foram ao local cumprir um pedido de reintegração de posse do local. O grupo permaneceu no espaço. O dia da reintegração estava marcado para quinta-feira (22).
A Secretária Municipal do Verde informou que o governo municipal não tem os R$ 120 milhões necessários para a compra da área verde, que é tombada pelo Patrimônio Histórico.