Camelôs dizem que precisam pagar propina para vender produtos no centro de São Paulo. Reportagem da Rede Record flagrou produtos sendo vendidos perto da prefeitura e da guarda municipal.
A pirataria no centro de São Paulo só é interrompida quando a fiscalização se aproxima. Os vendedores ficam atentos e monitoram a chegada de guardas e policiais. Quando não há outra saída, eles guardam as mercadorias e se dispersam.
Alguns chegam a correr da fiscalização, entram em galerias e desaparecem no meio da multidão. Há uma hierarquia entre os criminosos, conforme conta um vendedor.
— Quem tá de rádio azul trabalha para o mesmo patrão.
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Ele conta que os chefes dos ambulantes querem reduzir os custos das quadrilhas.
— Por isso que os cara tá prendendo porque o dono das banca não quer moiáaaa... R$ 100 cada um toda semana ai pros cara, pelo menos pra metropolitana, pros caras deixar nós em paz [sic]
O que o funcionário do crime chama de metropolitana é a Guarda Civli de São Paulo, responsável por fiscalizar o comércio irregular na capital.
Outro ambulante reclama do pagamento da propina. Ele diz que, caso seja detido, só há um jeito de se livrar da cadeia.
— É R$ 700 de cada um, se catar, filho. Se não pagar, filho, o couro come lá dentro.
As imagens e revelações foram mostradas ao promotor de Justiça José Carlos Blat. Ele já participou de outras investigações sobre pirataria e disse qua há problemas na legislação brasileira que dificultam a investigação e a punição dos culpados. Para ele, trata-se de crime organizado.
— Estrutura de quadrilha. Essas organizações corrompem policiais, fiscais, autoridades...
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo afirma que não tolera a prática de crimes por policiais e que vai apurar as denúncias. O Minitério Público solicitou as imagen à Rede Record e vai instaurar uma investigação.
A prefeitura de São Paulo, responsável pela guarda civil, informou que não aceita desvios de conduta por parte do efetivo e pdiu para que a população denuncie irregularidades. O telefone para denúncias é o 0800 77 00 263.
Assista ao vídeo:
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