O estado de São Paulo começou a distribuir, nesta terça-feira (18), as 258 mil doses da vacina pediátrica de Covid-19 aos municípios paulistas. A Secretaria de Estado da Saúde informou que, na segunda-feira (17), recebeu as doses do imunizante. Esse é o segundo lote recebido pelo estado.
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Com isso, a pasta recebeu do Ministério da Saúde 58% das 850 mil doses necessárias para a vacinação da primeira fase da campanha, que inclui crianças de 5 a 11 anos com comorbidades, deficiências, indígenas e quilombolas.
O total recebido representa 11% do público de 4,3 milhões de doses. À medida que novas doses forem encaminhadas pelo Ministério da Saúde, elas serão imediatamente disponibilizadas aos municípios.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que a vacinação infantil deve se intensificar nos próximos dias. "Há muitas pessoas em férias que, ao retornar ao lar, vão proceder à vacinação com mais intensidade", disse. Doria lembrou ainda que São Paulo tem capacidade para vacinar 250 mil crianças nessa faixa etária por dia em 5.200 pontos de vacinação e 268 escolas públicas estaduais.
"A expectativa é um crescimento gradual ao longo desta semana para a vacinação de crianças nessa faixa etária. Lembrando que não temos ainda o número de vacinas que o Ministério da Saúde deveria ter fornecido a São Paulo e ao Brasil", disse.
O início da vacinação do público de 5 a 11 anos prioriza a imunização de crianças com comorbidades e deficiência. "O nosso desejo era estarmos vacinando todas as crianças. No entanto, o volume de vacinas da Pfizer disponibilizadas para o Brasil foi ínfimo. Precisamos vacinar mais de 30 milhões de crianças e o Ministério da Saúde recebeu 1,6 milhão de doses. Pela expectativa, vai faltar."
Doria disse que o Ministério da Saúde informou ter encomendado 20 milhões de doses de vacina e questionou como será o processo de vacinação dos 10 milhões de outras crianças. "Cabe aqui um questionamento. Não havia necessidade de fazer audiência pública para saber o que já se sabia", afirmou.
Vacinação infantil na capital
A cidade de São Paulo dá continuidade à vacinação contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos com comorbidades, deficiência física e as indígenas aldeadas nesta terça-feira (18). Os pais terão de apresentar atestado médico, receita ou exame que comprovem a condição dos pequenos.
Para esse público, o esquema vacinal prevê duas doses da Pfizer com intervalo de oito semanas. As crianças não devem tomar outro tipo de imunizante, já que a Pfizer é a única vacina autorizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para pessoas com menos de 18 anos.
Paralelamente, a capital realiza a vacinação de crianças sem comorbidades com o uso de doses que sobram no final do dia em frascos abertos — a xepa da vacina. Pais de crianças de 5 a 11 anos sem comorbidades podem cadastrar os filhos nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) de referência no bairro para que eles recebam as doses remanescentes da Pfizer pediátrica contra a Covid-19.
O estado de São Paulo vacinou a primeira criança, David Seremramiwe, de 8 anos, na sexta-feira (14), dando início a essa nova etapa. De acordo com o Ministério da Saúde, será necessária a autorização dos pais para a imunização desse público ou a presença de um deles no momento da aplicação. No caso de um dos responsáveis no ato da imunização, haverá dispensa do termo por escrito.
Postos de vacinação e cadastro
As vacinas são oferecidas das 8h às 17h nos megapostos, drive-thrus e farmácias parceiras e das 7h às 19h em UBSs e AMAs/UBSs integradas.
O site De Olho na Fila ajuda a evitar aglomerações ao exibir a movimentação de pessoas nas unidades. A ferramenta também informa quais imunizantes estão disponíveis para a aplicação da segunda dose e mostra a disponibilidade da vacina pediátrica.
Além disso, fazer o preenchimento do pré-cadastro no site Vacina Já agiliza o tempo de atendimento no posto de vacinação.