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CPI em SP: Twitter e Facebook não têm regras para excluir 'fake news'

Gerentes das redes sociais no Brasil foram ouvidos por deputados estaduais nesta sexta-feira (7), em reunião virtual da Assembleia Legislativa de SP

São Paulo|Clarice Sá e Kaique Dalapola, do R7

Deputados e gerente do Facebook em reunião virtual
Deputados e gerente do Facebook em reunião virtual Deputados e gerente do Facebook em reunião virtual

Deputados estaduais de São Paulo ouviram, na tarde desta sexta-feira (7), representantes no Brasil das redes sociais Twitter e Facebook para dar informações para a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Fake News, instalada na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo). Durante a reunião virtual, os gerentes das redes sociais disseram que têm como objetivo diminuir o alcance das notícias falsas, no entanto, não atuam necessariamente para excluí-las. 

A CPI, presidida pelo deputado Caio França (PSB), tem como objetivo apurar a produção e divulgação em massa de notícias falsas durante as eleições de 2018 e os possíveis desdobramentos que acontecem até os dias atuais.

O gerente de políticas públicas do Twitter, Fernando Gallo, afirmou aos deputados que a empresa tem apoiado projetos de checagem de fatos e de educação midiática, com produção de materiais em parceria com a OEA (Organização dos Estados Americanos) e a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

A plataforma completou 14 anos no mês de março. É possível acessar em detalhe as regras do Twitter no site da plataforma. De acordo com essas normas, ameaças de violência e divulgação de informações privadas, por exemplo, são proibidas.

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“Temos sim, de diversas formas, enfrentado o problema da desinformação”, afirmou. “Ao mesmo tempo, é importante dizer que nós não temos uma política sobre a qual nós atestemos a veracidade de conteúdo porque nós entendemos que não é papel do Twitter arbitrar o que é verdade ou não. Nós não temos uma política sobre desinformação”.

A gerente de políticas públicas do Facebook e Instagram no Brasil, Mônica Steffen Guise Rosina, afirma que o objetivo das redes sociais é diminuir o alcance das notícias falsas, no entanto, não atua para excluí-las.

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Segundo ela, o Facebook e Instagram atuam em parceria com veículos de checagem de fatos, e a atuação conjunta de robôs com humanos, encontra possíveis notícias falsas para notificar os usuários sobre a desinformação do conteúdo. 

Mônica explica que esse conteúdo falso segue disponível na rede e o usuário pode compartilhar, mas terá a informação de que trata-se de fake news. Para que um conteúdo seja excluído, segundo ela, é necessário que infrinja as regras das redes. Um exemplo citado por ela é a disseminação de alguma notícia com conteúdo que, caso seja seguido, possa causar danos à saúde.

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