Os desejos mais comuns entre os paulistanos para a cidade são educação de qualidade para todas as crianças e serviços de saúde bem espalhados pelo município, revelou a pesquisa “A cidade que queremos”, realizada pela Rede Nossa São Paulo e divulgada nesta quinta-feira (17).
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De acordo com o estudo, quando perguntados sobre o que queriam para a cidade, 43% dos entrevistados indicaram educação de qualidade e 42% pediram por serviços de saúde bem distribuídos em São Paulo.
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“Saúde e educação são a base para um país prosperar e as pessoas sabem disso e dos desafios que existem, entendem que é o caminho para a cidade avançar e se desenvolver. Elas sabem também que são investimentos de longo prazo, que é o grande desafio”, comenta Carolina Guimarães, pesquisadora da Rede Nossa São Paulo.
Em sequências, as opções mais citadas foram “abrigo e oportunidades para a população em situação de rua” (29%) e “renda mensal mínima a todos os cidadãos” (25%).
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Para Guimarães, como ocorreu entre agosto e setembro, a pesquisa indicou aprendizados da população relacionados a um ano complexo como o de 2020:
“A pesquisa se mostrou importante para algumas lições como a importância de políticas sociais e também o papel do Estado”.
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Principais problemas da cidade
Os pesquisadores também perguntaram à população paulistana quais eram os principais problemas da cidade, e as respostas tiveram caminho parecido com o que esperam para o município.
Dos entrevistados, 47% disseram que melhorar a educação é um dos problemas a serem resolvidos na capital paulista, 42% apontaram a segurança pública e 37% citaram o atendimento dos postos de saúde da cidade. Gerar postos de trabalho próximos aos locais de moradia (26%) e melhorar a qualidade do transporte coletivo (23%) também estiveram entre os problemas mais citados pelos paulistanos.
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“Existem desafios na saúde e na habitação, que não chegam para todos. Quando falamos nisso, falamos de todas as classes. Quem pode [ter acesso] consegue, mas acaba pagando com grande parte de sua renda, e quem não pode tem que aceitar algo muito aquém do que poderia ser”, afirma Guimarães.