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Empresária doa gorros com aplique de cabelo para mulheres com câncer

Rosaria demorou dois meses para prender cabelos nos produtos sem machucar pele da cabeça

São Paulo|Do R7*

Lucimara (na foto) é umas das mulheres que recebeu a doação de Rosaria
Lucimara (na foto) é umas das mulheres que recebeu a doação de Rosaria Lucimara (na foto) é umas das mulheres que recebeu a doação de Rosaria

A empreendedora Rosaria Cunha começou uma nova empreitada de produtos feitos a mão: confeccionar gorros com apliques de cabelos para serem doados a mulheres — de todas as idades — que estão passando pelo tratamento de quimioterapia, uma das terapias mais usadas contra o câncer.

Com o objetivo de aumentar a auto-estima dessas pacientes, a empreendedora banca grande parte das doações com recursos próprios.

O ganha-pão de Rosaria vem de produtos "handmade" (feitos à mão, na tradução livre) há 20 anos, porque tem um atelier de produtos de bebês (@rosariacunhabebes). Para diversificar a produção, começou a vender itens de tricô e crochê junto com a filha, Marcela Cunha, formada em moda (@rosariacunhacollections).

A ideia dos gorros com apliques surgiu um dia que Marcela comprou um aplique para alongar seus cabelos, mas o modelo não teve um bom caimento. Rosaria diz que pensou então em unir as mechas de cabelo aos gorros. 

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A empreendedora afirma que, a princípio, pretendia produzir o acessório para crianças, porque elas costumam usar os gorros ou perucas durante o tratamento. As mulheres adultas têm a possibilidade de usarem lenços. No entanto, resolveu fazer para todas que se interessam. Para ela, a experiência do contato com as mulheres é muito importante.

— Eu prefiro que a pessoa venha até mim pedir o gorro. Eu acho que tem que ser uma coisa personalizada, porque a mulher pode falar do que gosta e contar um pouco da história dela.

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A empreendedora conta que demorou cerca de dois meses para conseguir prender os cabelos de forma que não machucassem a cabeça da cliente. Ela conta que faz o gorro e o coloca em um manequim, virado do avesso. Depois, faz uma tira de crochê na qual prende as mechas de cabelo e, por fim, prende a tira no gorro, com botões de pressão. Tanto o aplique como o pompom no topo do gorro podem ser removidos, sendo que o primeiro pode ser lavado. 

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— Essa tira de crochê é essencial para proteger a cabeça das mulheres.

Até o fechamento da reportagem, Rosaria havia recebido 47 pedidos de gorros e já tinha metade deles prontos. Ela explica que confecciona os produtos com ajuda de duas funcionárias, mas que o processo de colocar os apliques faz pessoalmente, porque ainda não conseguiu ensinar a alguém o procedimento.

Rosaria afirma que ela e a filha pensam em criar uma "vaquinha online" para conseguirem recursos para confeccionar cerca de 80 gorros com apliques. Hoje, o atelier de produtos de bebê e a venda de gorros sem apliques são o que bancam os custos das doações.

Ela explica que precisam de doações de dinheiro, cabelos naturais e qualquer produto que possa ajudar a produção. Mesmo com a falta de recursos financeiros para produzir mais, Rosaria diz que a experiência tem sido muito boa.

— É recompensador quando a pessoa recebe o gorro e manda uma foto com um sorriso. Algumas delas me mandam “bom dia” todos os dias depois que eu faço a doação.

Para entrar em contato com Rosaria, basta acessar a página do instagram (@rosariacunhacollections) ou pelo telefone (11) 99231-0901. É possível conhecer os produtos da coleção por meio do site da loja online.

* Giuliana Saringer, estagiária do R7

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