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Enel adota inovações para agilizar os reparos de cortes na temporada

Plano Verão 2022/2023 inclui equipamentos para conserto online de linhas, sistema inteligente de atendimento e um novo centro de controle da rede de 24 cidades da região metropolitana paulista

São Paulo|Eduardo Marini, do R7

Supervisão das redes de 24 cidades paulistas é feita no novo Centro de Operações
Supervisão das redes de 24 cidades paulistas é feita no novo Centro de Operações Supervisão das redes de 24 cidades paulistas é feita no novo Centro de Operações

O verão, no Brasil e no hemisfério Sul, começa entre 20 e 21 de dezembro e termina entre 20 e 21 de março. Mas para a Enel Distribuição São Paulo, empresa responsável por fazer a energia elétrica chegar a 18,5 milhões de pessoas, em 7,9 milhões de pontos de consumo na capital e em outras 23 cidades da região metropolitana paulista, a estação, por necessidade, é bem maior. Neste período, o início foi no último dia 1º de novembro e o final será em 31 de março de 2023.

Responsável pela distribuição de 10,3% da energia elétrica brasileira, a empresa apresentou o Plano Verão 2022/2023 nesta quinta-feira (8), em São Paulo. Nessas viradas de ano, ela executa um conjunto de medidas, investimentos e mobilizações para agilizar o atendimento à população nos momentos de crise e falta de energia gerados pelas chuvas, trovoadas, relâmpagos e ventanias típicos dos dias quentes.

“Energia chega, de alguma forma, a 99,85% dos brasileiros. E ninguém vive sem ela. Por isso investimos o possível para dar respostas rápidas”, resume o presidente da distribuidora paulista, Max Xavier Lins.

De abril a outubro, a média diária de ocorrências sobre corte de energia na área coberta pela empresa é de 1.100. Entre novembro e março, esse número aumenta entre 40% e 50%. Nos dias de temporal forte, é multiplicado por três ou quatro, chegando perto das 4.500 ocorrências.

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A tarefa no Plano Verão é gigantesca. A rede de transmissão de energia elétrica para o consumidor final da Enel Distribuidora, nos 24 municípios da região metropolitana, possui 43 mil quilômetros. Uma leve comparação: a circunferência da Terra — ou seja, a medida de algo que saia, dê uma volta no planeta e retorne ao mesmo ponto — é de 40,075 mil quilômetros, quase 3.000 quilômetros a menos. Desse total de linha, 41 mil quilômetros estão em postes e apenas 2.000 em vias subterrâneas, enterrados no solo.

Com o aguaceiro e os ventos fortes do verão, muitas dessas linhas esticadas no alto dos postes são rompidas ou entram em curto-circuito, explodindo transformadores. Por isso, o investimento da Enel na poda de árvores é considerável. De janeiro a outubro de 2022, foram feitas 340 mil, média de 1.130 por dia, ao custo total de R$ 62 milhões. Em muitas delas, robôs substituíram os funcionários no alto dos guindastes, para fazer cortes mais precisos e em segurança.

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“Na prática, a poda das árvores é um dos pilares do Projeto Verão executado todo ano, mesmo porque as árvores voltam a crescer com a água em maior volume, e isso precisa ser devidademente monitorado”, explica o gerente do Centro de Operações, Danilo Lira.

A empresa divulgou R$ 1,26 bilhão em investimentos na melhoria de qualidade do serviço. Desse total, R$ 318 milhões foram direcionados a novas tecnologias, R$ 593 milhões à manutenção de rede e R$ 358 milhões em expansão de linhas e pontos de consumo.

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Entre os destaques tecnológicos estão os sistemas de self healing e equipamentos de telecontrole. Instalados nas linhas de transmissão, esses aparelhos identificam remotamente, e com rapidez, falhas na rede elétrica causadas por fatores externos como queda de árvores sobre a fiação, descargas atmosféricas e postes derrubados por pancadas de carros e caminhões.

O self healing reconfigura a rede automaticamente e normaliza o fornecimento em até três minutos. A empresa fechará 2022 com com 10 mil equipamentos desse sistema na rede de média tensão. A meta, afirmam os diretores, é cobrir toda a região metropolitana nos próximos anos.

Outro sistema tecnológico interessante é o despacho automático de incidências, que acelera o envio de equipes para reparos na rede com o uso de inteligência artificial. No momento em que o cliente sem energia liga para a distribuidora, a informação é encaminhada automaticamente a um sistema que distribui, sem participação humana, os casos para as equipes mais próximas de cada ponto de reparo. Atualmente, 85% das demandas são despachadas automaticamente por esses relatórios online.

“Com a ampliação exponencial dos sistemas de telecontrole e digitalização da rede, reduzimos em cerca de 44% a duração de interrupção de fornecimento aos nossos clientes nos últimos seis anos. Esse ganho foi possível com os projetos de digitalização da rede de média tensão, entre outros investimentos”, explica o diretor de Manutenção e Operação, Dárcio Dias.

Além do Plano Verão, a Enel Distribuidora SP apresentou seu novo Centro de Operações, montado na sede da empresa, no bairro paulistano Chácara Santo Antônio. Essa "central nervosa" concentra toda a supervisão, monitoramento e controle do sistema elétrico das 24 cidades atendidas pela distribuidora, incluindo os equipamentos de telecontrole a distância da rede.

O consumidor pode guardar água, comida, material de limpeza. Mas energia, a não ser que possua um gerador, fica difícil. Por isso, cobra tanto das distribuidoras. Também por isso, todo esforço para responder prontamente à falta dela é válido e elogiável.

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