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Família aponta divergências na versão da prefeitura para o acidente que matou estudante em São Bernardo

Agente do CET cruzou sinal fechado, em alta velocidade, e atingiu o carro do estudante

São Paulo|Juca Guimarães, do R7

Sérgio Magri morreu no acidente causado pelo agente da CET
Sérgio Magri morreu no acidente causado pelo agente da CET Sérgio Magri morreu no acidente causado pelo agente da CET

A prefeitura de São Bernardo do Campo, na região do ABC, disse que foi correta a ação do agente de trânsito que multou o carro do estudante Sérgio Magri, de 21 anos, morto em um acidente provocado por um agente da CET (Companhia de Engenharia de Trânsito)no final do mês passado, no centro da cidade.

A família de Magri apontou várias divergências na explicação apresentada pela prefeitura. Em nota, a gestão municipal afirma que o agente do CET estava indo atender uma ocorrência na avenida Jurubatuba, onde deveria fazer o desvio do trânsito por conta de uma obra. Porém, segundo a família, o agente não estava indo em direção à avenida citada pela prefeitura.

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"Ele teria que ter virada algumas quadras antes e não seguido em frente. Além disso, testemunhas dizem que ele passou direto por um acidente de moto sem parar para ajudar", disse Vanessa Magri, irmã Sérgio.

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As imagens analisadas pela polícia confirmaram que, na madrugada do dia 25 de junho, o agente de trânsito Fábio Francisco Bezerra, de 37 anos, ultrapassou no farol vermelho e atingiu o carro do estudante Sérgio Magri, que morreu na hora. O agente, que provocou o acidente, foi liberado. O carro de Magri ficou totalmente destruído e foi recolhido por agentes da Ciretran, órgão estadual de trânsito. O veículo do Sérgio foi deixado em frente à delegacia, na avenida Arnaldo Italo Setti.

No dia 7 de julho, a família de Magri foi surpreendida por uma multa em nome do estudante porque o carro estava estacionado sem o cartão da zona azul, que é obrigatório na frente na delegacia.

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Questionado pelo R7, a prefeitura informou que a multa seria cancelada, mas respaldou a decisão do agente que aplicou a multa. "Embora a ação do agente tenha sido correta diante da situação irregular, entendemos que tal situação foi causada por um órgão público estadual, não pelos responsáveis pelo veículo que, portanto, não devem ser penalizados", diz a nota da prefeitura.

"Estamos indignados e vamos até o fim para conseguir Justiça. Nossa família foi destruída. Desde o acidente, identificamos que houve uma tentativa clara de favorecimento e proteção ao agente que matou o meu irmão. Ele só foi fazer o exame toxicológico às 11h30 d0 dia seguinte", disse Vanessa.

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A família também revelou que não foi procurada pela prefeitura ou pelo Ciretran para retirar o veículo. "Só chegou a multa", disse a irmã.

A prefeitura informou que pediu o imediato afastamento do agente à CET, prestadora de serviços de engenharia de trânsito. Por sua vez, a empresa prestadora de serviços informou à prefeitura que o agente foi desligado. A empresa também informou que a revisão do carro usado pelo agente na noite do acidente estava com a revisão em dia e não apresentava defeitos nos freios. 

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O agente trabalhava sempre à noite. Naquela data, ele tinha entrado às 21h45. A jornada deveria ter ido até as 5h04 do dia 25. O acidente aconteceu por volta das 2h.

A multa foi aplicada no dia 7 de julho, após o acidente
A multa foi aplicada no dia 7 de julho, após o acidente A multa foi aplicada no dia 7 de julho, após o acidente

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