Um homem é preso em flagrante na noite desta quarta-feira (30) acusado de torturar a namorada por 24 horas na zona oeste de São Paulo. O caso ocorreu na Vila Romana, na região da Lapa.
Veja também: Em SP, operação mira fraudes e sonegação no setor farmacêutico
De acordo com informações do boletim de ocorrência, equipes da Polícia Militar foram acionadas para um desentendimento entre casal. No local, encontram a vítima, que é professora, e o agressor na calçada. Ao notar a presença da viatura, a mulher pediu ajuda e afirmou ter sido violentamente agredida pelo homem.
Quando questionado, o agressor, de 41 anos, afirmou que a mulher faz uso de remédio controlado e que, por isso, ela seria "doida". Já a professora afirmou que estava sendo agredida tanto física, como emocionalmente, desde a noite de terça-feira (29), quando o casal teria discutido por conta de uma novela.
O casal se relaciona há cinco anos e morava junto.
Violência e agressões
A mulher detalhou para a polícia todas as agressões sofridas durante 24 horas. Ela afirmou que o agressor bateu e prensou sua cabeça contra a cama, contra o guarda-roupa e contra o chão. Além de chutes nas pernas e de lhe segurar, com força, pelos pulsos e braços. Ela foi submetida a aproximadamente 24 horas de violência.
Leia também
Ainda de acordo com relatos da vítima, o homem constantemente faz uso de uma "arma de choque" para lhe ameaçar de morte, afirmando, ainda, que os dois irmãos da mulher o ajudariam a matá-la. A professora também contou que o homem não permitia que ela saísse de casa sem sua companhia, nem utilizasse o celular.
Investigação
A vítima foi submetida a procedimentos médicos no hospital, como tomografia, e posteriormente realizará exame de corpo delito no IML (Instituto Médico Legal).
Foi solicitada medida protetiva para a vítima e representação da denúncia contra o agressor. Segundo a SMS (Secretaria Municipal de Saúde), a família da mulher não autorizou a divulgação de seu estado de saúde.
O caso foi registrado como tortura, violência doméstica e sequestro e cárcere privado na 4ª DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) e o agressor passará por audiência de custódia nesta quinta-feira (30).