O Hospital Geral de Pirituba, na zona norte de São Paulo, cometeu um erro e os corpos de duas idosas foram entregues às famílias erradas. Uma das mulheres morreu por complicações da covid-19 e foi velada com o caixão aberto.
Os familiares de Ignacia Marina da Conceição, que morreu nesta quarta-feira (5), que denunciam o caso.
Adilson Souza, um amigo da família, relatou que o velório e enterro da senhora deveriam ter sido realizados às 11h desta quinta-feira (6), no Cemitério Dom Bosco, em Perus, na zona norte de São Paulo.
No entanto, o corpo de Ignacia não foi localizado pelos funcionários do necrotério do Hospital Geral de Pirituba. O filho da mulher precisou entrar no local e procurar pelo corpo da mãe.
Segundo Adilson, o homem foi informado que, por engano, as fichas identificadoras dos corpos haviam sido trocadas e Ignacia havia sido identificada como Idalina Beffe Dias, que morreu por complicações da covid-19 no mesmo dia.
Leia também
Adilson afirmou ainda que o homem estava muito abalado e, por esse motivo, não olhou com atenção para o corpo da mulher e confirmou ser o da sua mãe, acreditando na identificação colocada pelo hospital.
Mas, quando os familiares chegaram ao cemitério, o corpo que estava no caixão não era o de Ignacia, mas sim o de Idalina. Como a causa da morte de Ignacia não havia sido a Covid-19, o caixão estava aberto.
Adilson relatou que a família começou novamente a busca pelo corpo de Ignacia, até serem informados que ela havia sido enterrada nesta quarta-feira, pela família de Idalina, em um caixão lacrado.
A família de Idalina foi informada da troca e todos se encaminharam ao Cemitério Dom Bosco, acompanhados pela diretoria do Hospital Geral de Pirituba, no início da tarde desta quinta-feira.
Adilson informou ainda que a agência funerária responsável pelo enterro sugeriu desenterrar o corpo de Ignacia para então realizar o procedimento novamente, com a identificação correta. Contudo, a família pretende registrar um boletim de ocorrência do caso para solicitar a exumação do corpo.
* Estagiária sob supervisão de Isabelle Gandolphi, da Agência Record