O MP (Ministério Público) de São Paulo denunciou por homicídio qualificado (quando há intenção de matar) uma mulher de 29 anos, acusada de jogar a filha recém nascida na lixeira do prédio onde vive em Santos, litoral paulista. O caso teria acontecido entre os dias 27 e 28 de junho, e ela pode pegar de seis a 20 anos de prisão.
“Agindo com propósito homicida, matou, por motivo torpe e com o emprego de meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, a criança do sexo feminino a que havia acabado de dar à luz, conforme laudo de exame necroscópico”, disse o promotor Fernando Reverendo Vidal Akaoui na denúncia do MP.
A acusada já tinha uma filha com seu ex-namorado, mas os dois terminaram o caso. Mesmo com o fim do relacionamento, eles continuaram vivendo juntos no apartamento onde tiveram a segunda filha. Ela disse em depoimento que não queria criá-la e, por isso, teria jogado-a fora.
“Após o nascimento da filha, porque não desejava criá-la, utilizando um elástico de cabelos, asfixiou-a, bem como tentou perfurar seu pescoço”, disse o promotor. “Na sequência, a denunciada envolveu o corpo em um tecido e o colocou numa sacola de plástico, dirigindo-se ao duto coletor de lixo localizado na área comum do sexto pavimento do edifício, onde fica situado o apartamento onde moravam”, segue a denúncia.
Exames mostraram que a menina ainda estava viva quando foi jogada do sexto andar no duto coletor de lixo do prédio. O que matou o bebê foi o traumatismo craniano causado pela queda.
Veja reportagem da RecordTV sobre o caso:
O ex-namorado também foi denunciado pelo MP. Ele responderá por ter auxiliado a autora do crime a se esconder da polícia.
Na época, quem encontrou o corpo da bebê, foi o catador Valdemir Oliveira. Ele recolhia as latinhas do lixo, quando viu a bebê. “Achei que era um bonequinho, mas quando eu fui ver de perto, vi que era uma criança e chamei a polícia”, disse para a reportagem da RecordTV.
*Estagiário do R7, com supervisão de Leonardo Martins