Entre janeiro e julho deste ano, 523 carros foram roubados ou furtados por dia em São Paulo, de acordo com um levantamento da polícia de São Paulo.
Nesse período, 55.031 veículos foram roubados e outros outros 67.251 foram furtados.
A enorme quantidade desses crimes pode atrapalhar o serviço dos policiais. Em um dos casos, por exemplo, um casal de Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, teve a casa invadida por quatro assaltantes. Eles levaram pertences pessoais e o carro de luxo das vítimas.
No fim da noite, o casal seguiu para o Jardim Miriam, perto do limite com Diadema, na Grande São Paulo, pois a polícia havia confirmado a localização do carro roubado. Chegando ao local, as vítimas descobriram que houve um engano, já que os agentes encontraram uma moto da mesma marca.
O mal entendido se explica com números. Durante a madrugada desta segunda-feira (2), a polícia tinha a informação de pelo menos 20 carros roubados e furtados, que foram localizados na área do Distrito Policial do Jardim Miriam. No entanto, a Polícia Militar não tem equipe suficiente para buscar esses carros, mostrar ao delegado e devolver às vítimas.
Leia mais notícias de São Paulo
Dois agentes de uma empresa de rastreamento ficaram por mais de seis horas em frente da delegacia esperando uma esquipe da PM para buscar um carro roubado, localizado por eles em uma comunidade. A demora tem custado caro à seguradora, conforme conta o agente de monitoramento, Adilson Aparecido.
— Toda vez que a gente encontra o carro inteiro, dependendo da demora, eles pegam o carro todo destruído.
Depois dos veículos serem roubados, eles são abandonados na rua. A prática se chama "esfriar o carro" e os bandidos a utilizam para verificar se o automóvel têm rastreadores. Se ninguém aparece para buscar, ele segue para desmanche ou vira carro dublê, com placas de outro.
Assista ao vídeo: