Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Menino baleado esperou vaga no SUS por 4 horas, afirma hospital 

Segundo secretaria, Hospital Family não fez solicitação de forma regular

São Paulo|Kaique Dalapola, do R7, Júlio Mioto e Carol Canova, da Agência Record

Rua da casa onde menino passou Ano-Novo
Rua da casa onde menino passou Ano-Novo Rua da casa onde menino passou Ano-Novo

O menino Arthur Bencid, 5 anos, morto vítima de bala perdida nesta segunda-feira (1º), ficou 3 horas e 42 minutos aguardando vaga no SUS com um projétil alojado na cabeça, segundo informações do Hospital Family, que prestou os primeiros atendimentos à criança.

O menino foi baleado na cabeça durante a queima de fogos de virada de ano, na região do Campo Limpo, zona sul de São Paulo. Arthur estava brincando quando a família percebeu ele caindo no chão com um ferimento na cabeça.

Familiares levaram a criança para o Hospital Family, em Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo. Por não possuir UTI pediátrica na unidade, o hospital afirma que começou a solicitar vaga para o menino ser transferido.

O processo de transferência, ainda de acordo com o Hospital Family, “foi prolongado devido ao tempo de busca de vaga na rede SUS”. A procura por uma vaga em hospital público com UTI pediátrica teria durado das 1h11 até 4h53.

Publicidade

Arthur foi levado para o Pronto Socorro do Hospital Geral de Pirajussara, em Embu das Artes, na Grande São Paulo, onde morreu na noite de segunda-feira.

Em contato telefônico, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo disse que o Hospital Family não registrou o pedido de vaga de forma correta.

Publicidade

Segundo a assessoria de imprensa da pasta, os pedidos de vagas devem ser registrados na “central de regulação de vagas” e o Hospital Family não teria cumprido este procedimento.

A pasta ainda afirma que quando o Estado teve conhecimento do caso, aceitou a solicitação e autorizou a internação do menino.

Publicidade

Na tarde desta segunda-feira, a Secretaria de Saúde enviou a seguinte nota:

"O Hospital Geral de Pirajussara esclarece que prestou todo atendimento ao paciente A.A.B.S. tão logo deu entrada na unidade, em estado gravíssimo, às 6h20 do dia 1º de janeiro, após ser levado pelo Samu de Taboão da Serra mediante pedido de transferência do Hospital Family, serviço privado.

No Pirajussara, a criança passou pela avaliação da equipe de Neurocirurgia e por procedimento cirúrgico. Depois disso, foi internada na UTI pediátrica e faleceu devido à gravidade clínica.

Cabe esclarecer que o Hospital Geral de Pirajussara não nega atendimento a nenhum caso de urgência que procura o serviço. Seu pronto-socorro é referenciado e, majoritariamente, todos os casos urgentes que ingressam no serviço são levados pelo Samu ou Resgate, em caso de socorro ou de encaminhamento a partir de outro serviço de saúde. Nesses casos, cabe ao serviço de origem providenciar transporte adequado para transferir pacientes.

A unidade está à disposição dos familiares para eventuais esclarecimentos.

Não houve solicitação prévia de transferência à regulação estadual, no sistema da Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (Cross)."

Leia mais notícias de São Paulo

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.