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"O meu filho estava sob responsabilidade do Exército", diz mãe de jovem morto em quartel

Três militares, entre eles Vitor da Costa Ferreira, de 18 anos, se afogaram em treinamento

São Paulo|Peu Araújo, do R7

Jovem morto em treinamento do Exército fazia bico de palhaço
Jovem morto em treinamento do Exército fazia bico de palhaço Jovem morto em treinamento do Exército fazia bico de palhaço

A mãe do do soldado Vítor da Costa Ferreira, de 18 anos, afirmou nesta terça-feira (2) que a responsabilidade pela morte do rapaz é do Exército brasileiro.

Vitor é um dos três militares que morreram afogados durante um treinamento em uma pedreira, dentro do quartel, em Barueri (SP).

Em entrevista acompanhada de advogados concedida hoje, a mãe do jovem, Sandra da Costa Ferreira, pediu Justiça pela morte do filho.

— O meu filho estava sob responsabilidade do Exército, ele não morreu indo comprar pão na padaria na esquina de casa.

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Sandra aproveitou para criticar a postura do Exército após a morte do filho: "Ninguém do Exército me procurou". A mãe ainda acrescentou que Vítor só serviu ao Exército por conta da obrigatoriedade do alistamento.

— Não era o sonho do meu filho.

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A mãe revela ainda que o filho não estava preparado para ficar dentro da água naquela situação. 

— Ele nunca fez nenhum curso de natação, não sabia nadar. Eu creio que o meu filho foi forçado a entrar na água. Eu quero saber o que ele tava fazendo naquela água, sendo que ele tinha consciência de que não sabia nadar.

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Mãe de Vítor, soldado morto em treinamento do Exército, exibe camiseta que pertencia ao rapaz
Mãe de Vítor, soldado morto em treinamento do Exército, exibe camiseta que pertencia ao rapaz Mãe de Vítor, soldado morto em treinamento do Exército, exibe camiseta que pertencia ao rapaz

A mãe do rapaz relatou ainda maus-tratos com o jovem no batalhão. Sandra lembrou, por exemplo, que Vítor sofria bullying. 

— Ele, com febre, teve que correr e fazer exercícios. O meu filho era obrigado a dividir uma garrafa de água de 2 litros com 45 soldados.

Julia Ferreira, tia de Vitor, foi ainda mais incisiva: "Levaram meu sobrinho para um matadouro". O rapaz, segundo a tia, fazia bicos como palhaço animando festas infantis como renda extra.

A família revela ainda que o quarto soldado, e único sobrevivente, mandou mensagem fazendo uma homenagem aos três jovens que morreram, mas não falou sobre o que aconteceu.

A família do rapaz é de Cotia, na região metropolitana de São Paulo, e falou com a imprensa no escritório do advogado Ademar Gomes, responsável pela defesa. Apesar do advogado informar que também representa a família dos outros jovens, nenhum familiar apareceu.

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