A lotação é o principal problema a ser resolvido nos ônibus municipais da capital paulista, de acordo com pesquisa da Rede Nossa São Paulo divulgada nesta quinta-feira (14).
Segundo os dados do estudo, 23% dos entrevistados apontam a lotação como problema mais urgente. Em seguida, 13% citam o preço da tarifa e 11% falam da frequência dos ônibus.
Limitar a ocupação de pessoas (8%), limpeza e higienização com maior frequência (8%), pontualidade dos ônibus (7%), conforto (4%) e segurança em relação a furtos e roubos (4%) surgem na sequência.
A pesquisa, divulgada nesta quinta-feira (15), abordou mudanças de hábito de deslocamento dos paulistanos durante a pandemia de covid-19, e revelou também a queda no uso dos ônibus como transporte principal da população em 2020.
Por regiões
Entre as regiões da capital paulista, os habitantes das zonas norte (22%), sul (35%) e leste (19%) apontam a lotação como o grande problema dos ônibus municipais.
Na zona oeste, a queixa mais citada foi a frequência dos ônibus (18%) e, no centro, a limitação da ocupação de pessoas (15%) neste tipo de transporte.
Motivos para buscar outros transportes
Perguntados sobre o que os motivou na escolha por outros meios de transporte ao invés dos ônibus, o medo de pegar coronavírus e os coletivos estarem muito cheios ocuparam o topo da lista – ambos os itens citados por 35% dos entrevistados.
Na sequência, se apontou o alto preço da tarifa (24%), a demora para o ônibus passar (24%), o fato de o entrevistado utilizar carro (22%), o ônibus demorar durante seu trajeto (21%) e outros transportes serem mais rápidos (20%).
Tempo de espera é maior em 2020, segundo paulistanos
Neste ano, a percepção dos paulistanos de aumento no tempo de espera pelos ônibus aumentou e atingiu a maior porcentagem nos anos de pesquisas registradas pela Nossa SP.
Em 2020, 53% dos entrevistados disseram ter percebido aumento no tempo de espera, enquanto 33% creem estar igual e 8% viram diminuição; 5% não souberam responder. Nos últimos anos, a percepção de aumento no tempo de espera foi de 41% em 2019, 42% em 2018, 40% em 2017 e 26% em 2016.
Dos entrevistados neste ano, o perfil de quem mais citou aumento no tempo de espera foi de pessoas autodeclaradas pretas ou pardas, de 16 a 24 anos, de renda familiar mensal de até dois salários mínimos e pertencentes às classes D e E.