Paraisópolis terá seis grupos de discussão para atuação no bairro
Secretários estaduais e municipais se reuniram com moradores e lideranças comunitárias. Grupos terão variados temas de debate para região
São Paulo|Kaique Dalapola, do R7
Destacando a importância do desenvolvimento da cultura na favela de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, secretários estaduais e municipais se reuniram com moradores e lideranças comunitárias na tarde desta segunda-feira (9), na sede da União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis, e firmaram seis grupos temáticos para atuação na comunidade.
Os grupos são de educação, cultura (que inclui esporte e lazer), desenvolvimento social, habitação e infraestrutura, emprego e empreendedorismo, além de saúde. Cada grupo terá lideranças comunitárias e representantes do Governo do Estado e da Prefeitura.
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Para o presidente da associação que recebeu o encontro, Gilson Rodrigues, “é importante não querer inventar a roda, e sim investir e ampliar os projetos que já existem em Paraisópolis”.
Gilson também destacou, durante a conversa com os 15 secretários do Estado e do Município, que é importante ter uma organização no Baile da Dz7 e não ser tratado como tema de segurança pública. “Qualquer outro evento do tamanho do Baile da Dz7 já teria banheiros químicos colocados pela prefeitura e mais organização”.
No final da conversa, o secretário municipal de Cultura, Alê Youssef, afirmou que sua pasta foi “expressar o reconhecimento do funk como uma cultura legítima, e que não pode ser criminalizada”.
Youssef afirmou ainda que a favela de Paraisópolis será incluída na agenda cultural da prefeitura. Isso significa que artistas da comunidade participarão de eventos como Virada Cultural, Mês do Hip Hop, Semana do Rock, entre outros.
“A ideia é incluir e mesclar artistas de Paraisópolis e outros grandes artistas em eventos culturais do município”, disse Youssef.
O encontro também já resultou no acordo de duas demandas da população de Paraisópolis. Na primeira, o secretário municipal de Educação, Bruno Caetano, anunciou que a fila de espera em creche, que estava em 463 crianças, será zerada neste mês. E, a outra, é a reabertura do Parque de Paraisópolis sendo totalmente entregue ao lazer — já que uma parte que seria para habitação foi cedida pela pasta.
Outra demanda colocada em pauta por Gilson é a criação de uma prefeitura regional para Paraisópolis. “Isso é importante para que as demandas sejam centralizadas e melhor atendidas”, disse.
A secretária Patrícia Ellen da Silva, titular da pasta de Desenvolvimento Econômico e Empreendedorismo, os grupos terão reuniões técnicas pelos próximos 10 dias até tomar novas decisões.
Veja outras demandas levadas pela comunidade:
— Retomar obras de urbanização
— Continuidade da avenida Hebe Camargo
— Ampliação da Linha 17-Ouro do Metrô
— Realização de obras no córrego
— Instalação de lâmpada de led
— Sinalizações de trânsito
— Manutenção do Cras (Centro de Referência de Assistência Social)
— Construção de Casa de Cultura
— Investimento coleta de lixo
— Investimento na escola de música, orquestra e dança
— Criar iniciativa para primeira infância
— Núcleo para criança com deficiência
— Reforma, ampliação e construção de escolas
— Que as ações sejam feitas por meio de decreto, para transcender os governos.