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Prefeito de SP associa estilo de governar ao de Covas, defende GCM e avisa: 'Hoje não tem mais uma feira do crack na cidade'

Em entrevista exclusiva ao R7, Ricardo Nunes (MDB) diz que São Paulo se tornou a capital mundial da vacinação e que meta do governo é reduzir o desemprego

São Paulo|Fabíola Perez, do R7

'Pode não parecer, mas as coisas estão melhores', diz Ricardo Nunes (MDB) sobre Cracolândia
'Pode não parecer, mas as coisas estão melhores', diz Ricardo Nunes (MDB) sobre Cracolândia 'Pode não parecer, mas as coisas estão melhores', diz Ricardo Nunes (MDB) sobre Cracolândia

Pouco mais de um ano depois de ter assumido a Prefeitura de São Paulo, após a morte de Bruno Covas, Ricardo Nunes (MDB) faz um balanço do período marcado pela pandemia de Covid-19, pelo elevado número de internações em razão da doença, e diz que, apesar das dificuldades, conseguiu transformar a cidade na “capital mundial da vacinação”, aprovar todos os projetos que enviou à Câmara de Vereadores e que acabou com o “turismo do crack” no centro da cidade, na região conhecida como Cracolândia.

Em seu gabinete, de onde conversou com o R7, com exclusividade, Nunes ressalta o fato de, segundo ele, ter dispersado usuários de drogas das ruas do centro e afirma que está preparado para enfrentar um “eventual desgaste político” após as operações policiais.

À frente da prefeitura desde o dia 16 de maio do ano passado, Nunes diz que sua administração dá continuidade à de Bruno Covas. A baixa popularidade, apontada em algumas pesquisas, ele atribui à crise de saúde pública provocada pelo coronavírus e pelo desemprego. Afeito ao diálogo e à conciliação, o prefeito afirma que seu estilo de administrar se assemelha ao do antecessor. Nunes também defende a política. “Quem nega a política para fazer marketing faz um desserviço à sociedade”, disse. “Quando alguém está no bairro e faz uma reclamação, está fazendo política.”

Durante a conversa, Nunes falou sobre a necessidade de estender as doses de reforço da vacina contra a Covid-19 a mais faixas etárias, o crescimento de 31% na população em situação de rua desde 2019, os programas de acolhimento e operações de segurança na Cracolândia e disse que a meta da administração municipal é acabar com o desemprego. Além disso, ele contou como foi ter dividido a adolescência entre bairros de alto poder aquisitivo e a periferia. “Eu sou o único prefeito que veio da periferia, estudou em escola pública, usou transporte público, montou um negócio pequeno e constituiu família.”

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Confira abaixo a íntegra da entrevista

R7  A Cracolândia tem sido alvo de frequentes operações policiais, usuários foram transferidos para a praça Princesa Isabel e moradores reclamam de conflitos. Qual programa social ou voltado para a saúde o senhor propõe para enfrentar esse problema que se arrasta há décadas?

Ricardo Nunes – Em 2016, tinha 4.000 pessoas na Cracolândia. Nessa região, temos duas situações: o traficante e o usuário. Não é possível atenuar essa situação sem focar essas duas questões. Vimos o problema e não vamos deixar embaixo do tapete. A cidade de São Paulo não vai aceitar que se tenha uma feira livre de venda e de consumo de drogas a céu aberto como se fosse algo normal. Uma vez isso definido, passamos para um plano de ação: combater o traficante e dar o atendimento de saúde ao usuário. Os personagens para isso são a Secretaria de Saúde, Assistência Social, Direitos Humanos e Guarda Civil Metropolitana. No estado, Polícia Civil e Polícia Militar.

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Nunes diz que homenagem a Bruno Covas é 'superar situação' da Covid na cidade
Nunes diz que homenagem a Bruno Covas é 'superar situação' da Covid na cidade Nunes diz que homenagem a Bruno Covas é 'superar situação' da Covid na cidade

Nos últimos meses, ocorreram diversas operações policiais. Em sua opinião, elas alcançaram o objetivo esperado?

Foi identificada a necessidade de diminuir a influência dos traficantes que usam usuários como escudo. Era necessário diminuir a força do tráfico para entrar com as ações de assistência e saúde. Foram feitas mais de 120 prisões de traficantes, e os acolhimentos aumentaram bastante. Ao quebrarmos esse elo, deixamos o usuário mais suscetível à nossa abordagem social e de saúde e aumentaram os atendimentos nos Caps [Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas]. Pode não parecer, mas as coisas estão indo bem porque temos em torno de 800 a 820 usuários e percebido uma diminuição. Abrimos um Ciat [Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas] emergencial na Helvétia. Na praça do Cachimbo, eles entravam com lonas, eu tinha 80 GCMs lá, passei para 160. Falei que só poderia entrar lá fazendo revista, e compramos câmeras para a gravação. Quando a gente desidratou o tráfico, nos ajudou muito.

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Outros prefeitos tentaram solucionar o problema, mas não conseguiram. Como o senhor acredita que o plano de ação da sua gestão se diferencia dos anteriores?

Existe a vontade política de enfrentar essa situação. É a luta da cidade contra o crack, existem ameaças, mas não estamos preocupados com isso. Aumentamos bastante o policiamento por parte da Polícia Militar. Por parte da Polícia Civil, houve o aumento do efetivo. O delegado Nico [Osvaldo Nico Gonçalves, delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo] colocou o Dope [Departamento de Operações Policiais Estratégicas] para fazer o acompanhamento de todas as ações. Por parte da GCM, dobrei o número naqueles locais. Tinha 1.200 na Operação Delegada, aumentei para 2.400 vagas. Fizemos um trabalho forte de sanear a saúde financeira, que é o que eu mais entendo, e isso possibilita a prefeitura a fazer ações que antes não poderiam [ser feitas]. Pegamos o exemplo de Bogotá, Nova York e cidades que utilizaram esse sistema de dispersão.

Existe um serviço de inteligência na cidade e tenho participado pessoalmente das questões de segurança, iluminação, da assistência social, da saúde. Estou muito consciente do desgaste político que posso ter, mas estou disposto a enfrentar.

Usuários de drogas migraram da antiga Cracolândia para a praça Princesa Isabel, em São Paulo
Usuários de drogas migraram da antiga Cracolândia para a praça Princesa Isabel, em São Paulo Usuários de drogas migraram da antiga Cracolândia para a praça Princesa Isabel, em São Paulo

Mas o senhor acredita que sempre vai ocorrer esse movimento de dispersão com a formação de novas Cracolândias ou o problema, de fato, será solucionado?

A ideia era dispersar e tirar os usuários de domínio dos traficantes. Ainda temos 30 traficantes procurados. Mas sob domínio dos traficantes os usuários ficam mais inacessíveis aos serviços de saúde. Agora, fizemos uma ação na rua Helvétia de espirometria, um exame pulmonar para mostrar os impactos do crack, e eles serão encaminhados para tratamento. Os traficantes criaram esse conceito de ser um lugar com uma qualidade de drogas altíssima. Quando se dá dinheiro aos usuários, cria-se um ambiente com uma disputa enorme. Virou um mercado interessante, e as grandes facções tomaram conta desse negócio. O Brasil inteiro sabia que tinha uma feira, hoje não tem mais turismo do crack em São Paulo.

E em relação aos moradores que se queixam da presença dos usuários de drogas?

Não é aceitável que as pessoas não tenham acesso às praças e aos espaços públicos da cidade. A prefeitura tem que cuidar para que todas as pessoas que moram e trabalham em São Paulo tenham acesso ao espaço público. Hoje, você pode frequentar a praça Princesa Isabel com segurança e tranquilidade, de uma forma saudável. Percebemos moradores com seus filhos, andando de bicicleta, com seus cachorros. Por outro lado, temos a ação da polícia prendendo traficantes e o serviço social fazendo o acolhimento dos usuários. Aumentou em 28% o número de atendimentos nos Caps, e no Ciat aumentou sete vezes o número de pessoas que procuraram o centro para se tratar e se livrar do crack.

A Prefeitura de São Paulo decidiu instaurar uma sindicância para investigar a abordagem da Guarda Civil Metropolitana (GCM), em que um agente pôs o joelho no pescoço de um homem negro imobilizado na Santa Cecília. Como o senhor vê esses casos?

Para qualquer ação que a GCM tenha que não esteja de acordo com os procedimentos é aberta a sindicância e o agente é afastado para que se faça a apuração. Naquele caso, aquela pessoa tem 32 passagens pela polícia, por tráfico, roubo e extorsão. Ele é recém-egresso do sistema prisional, não justifica aquela abordagem que fugiu dos padrões da GCM, mas é só para mostrar à sociedade que a gente não estava falando com nenhum trabalhador honesto e que era necessário separar que a atividade errada de três GCMs não pode comprometer a imagem de toda a corporação que tem feito um trabalho fantástico.

Muitas das prisões de traficantes na Cracolândia foram feitas por GCMs. Muitas vezes aquelas pessoas são bastante agressivas, é preciso muito equilíbrio emocional para trabalhar naquela região. O trabalho da Guarda Civil Metropolitana, com seis mil homens, é fundamental. Abri um concurso para chamar mais mil vagas e teve 12 mil inscrições. Enviei à Câmara um projeto que corrige o salário inicial dos GCMs em 72%. Para os agentes que fazem esses trabalhos especiais, na região da Cracolândia, aumentei a gratificação em 900%, era R$ 150, elevei para R$ 1.500.

Operações policiais na Cracolândia resultaram em 120 prisões de traficantes, segundo Nunes
Operações policiais na Cracolândia resultaram em 120 prisões de traficantes, segundo Nunes Operações policiais na Cracolândia resultaram em 120 prisões de traficantes, segundo Nunes

Uma das coisas mais perceptíveis em São Paulo é o aumento no número de pessoas em situação de rua, um crescimento de 31% entre 2019 e 2021, segundo o Censo da prefeitura. Como o senhor pretende reverter esse cenário?

Esse fenômeno não é somente da cidade de São Paulo, é mundial. Em Detroit, nos EUA, tem ruas em que não dá para passar de tantas barracas. Mas não é por isso que não temos que fazer o enfrentamento. O Censo de 2019 identificou que eram 24 mil pessoas em situação de rua, e o atual indicou 31.800 pessoas. Quando fazemos o Censo, conseguimos identificar o perfil da população e as políticas públicas necessárias. Identificamos famílias, pessoas trans, homens e mulheres. Agora vamos no detalhe maior, que é o Censo de crianças e adolescentes até o final de junho. Estamos ampliando nossos serviços de acolhimento, abrimos dois hotéis no centro.

Fora isso, estamos trabalhando fortemente na retomada econômica. No ano passado, tivemos 336 mil empregos formais, e o Rio de Janeiro gerou 82 mil empregos formais com metade da população de São Paulo. Quando se geram oportunidades de trabalho, você vai ajudando a tirar as pessoas em situação de rua. Criamos o programa Reencontro, que copiamos da Finlândia, com unidades habitacionais temporárias e vilas-reencontros com cursos profissionalizantes, horta comunitária e apoio para que essas pessoas possam preparar seus currículos, e fazermos a intermediação entre pessoas e empresas.

Estamos fazendo essa ação com redução de impostos: não aumentamos o IPTU, reduzimos o ISS e não aumentamos a tarifa de ônibus. Estamos muito à frente em relação a qualquer economia do estado e do país. A prefeitura tem que fazer a sua assistência social, mas não pode ficar o tempo todo pensando em pegar impostos e fazer assistencialismo. A meta da gestão é criar oportunidade de emprego para as pessoas.

O senhor tem dito que sua marca à frente da prefeitura é ter transformado São Paulo na capital mundial da vacinação. Mas, na quarta-feira (1º), a prefeitura recomendou a volta da obrigatoriedade do uso de máscara em locais fechados. O senhor acredita que a cidade e o estado enfrentam uma nova onda de Covid?

Não temos dúvida de que o grande enfrentamento que vamos fazer contra a Covid é a vacinação. Esta cidade é a capital mundial da vacina, é a que mais vacinou no mundo, e isso tem nos dado uma situação de mais tranquilidade em relação à Covid. Mesmo aumentando o número de infecções, neste momento, tivemos um número de internações que não aumentou na proporção em que aumentaram as infecções. Isso porque a vacina está fazendo com que as pessoas tenham a condição de não agravar sua condição de saúde.

Nunes defende doses de reforço para mais camadas da população além do uso da máscara
Nunes defende doses de reforço para mais camadas da população além do uso da máscara Nunes defende doses de reforço para mais camadas da população além do uso da máscara

Mais do que usar a máscara, que é importante, é reforçar a vacinação. Pedimos ao Ministério da Saúde que liberasse a vacina de reforço de terceira dose para os adolescentes e pedimos a liberação da quarta dose para 50+. O Ministério da Saúde está entendendo que é importante essa liberação. As pessoas aqui têm consciência da importância da vacina, e temos um sistema de saúde muito equipado. Hoje temos 30 hospitais, 470 UBSs e 23 UPAs, sendo nove no último ano.

O que o senhor poderia dizer à população sobre a greve de motoristas de ônibus anunciada inicialmente para esta segunda-feira (6) e depois suspensa?

Entramos com uma ação e conseguimos uma liminar em que a Justiça determinou que mantenham 80% da frota no horário de pico e 60% nos demais horários, sob uma pena de R$ 50 mil por dia. A negociação salarial compete à empresa e ao sindicato, a prefeitura não participa disso. A prefeitura precisa manter os serviços essenciais funcionando, por isso entramos com a ação na Justiça. Como prefeito, preciso fazer de tudo para que se evite qualquer tipo de transtorno.

O sindicato tem o direito de requerer a defesa de seus associados, da questão salarial e condições de trabalho, mas, quando falamos de transporte coletivo, falamos do direito de as pessoas trabalharem, se locomoverem, de saúde, da pandemia. É preciso que eles tenham responsabilidade sobre os seus atos em relação à cidade como um todo. Se não cumprirem a determinação judicial, vamos exigir o cumprimento do pagamento da multa e da responsabilização dos transtornos que vão eventualmente trazer à cidade.

Sindicato dos motoristas de ônibus havia anunciado uma paralisação para esta segunda (6)
Sindicato dos motoristas de ônibus havia anunciado uma paralisação para esta segunda (6) Sindicato dos motoristas de ônibus havia anunciado uma paralisação para esta segunda (6)

O senhor tem conseguido fazer uma boa ponte entre Legislativo e Executivo. O que o senhor prioriza na relação com a Câmara de Vereadores?

Quando a gente fala em democracia, a gente fala principalmente de respeito às pessoas que foram levadas ao cargo pelo voto popular. O vereador foi eleito porque as pessoas foram às urnas e o elegeram como representante. Ter uma boa relação tem a ver com a personalidade de cada um. A minha personalidade tem a ver com o diálogo, e eu defini como pauta a cidade, não defini como pauta ser de direita ou de esquerda, ser contra governo A ou B. A minha relação com o governador Rodrigo Garcia é excelente, com o presidente Bolsonaro, excelente. Sempre fui muito claro com eles, deixei muito claro o interesse da cidade, da população. Quando a gente consegue separar as pautas do trabalho das partidárias, aí você passa a ter sucesso.

Apesar da baixa popularidade, o prefeito tem conseguido bom diálogo com o Legislativo
Apesar da baixa popularidade, o prefeito tem conseguido bom diálogo com o Legislativo Apesar da baixa popularidade, o prefeito tem conseguido bom diálogo com o Legislativo

Naquele momento, durante a pandemia, preparando a cidade para a retomada econômica, emprego e renda, levei aos vereadores todas as pautas que a gente tinha, pegava sugestões e acolhia as viáveis. Quando as pessoas se sentem participantes do processo, cria-se uma relação importante que dá resultado para a cidade. Todos os projetos que eu enviei à Câmara foram aprovados. Conseguimos quantidade e velocidade. São Paulo tem velocidade, e precisamos que os órgãos tenham essa mesma velocidade.

Algumas pesquisas apontam uma baixa popularidade sua. A que o senhor atribuiu isso?

Precisamos fazer uma análise do momento: se você pegar a avaliação do governo federal, ela era muito negativa, a do governo do estado também. A prefeitura, entre os três, era a que apresentava o melhor desempenho. É preciso receber com muita humildade. A partir dos resultados, procurar se dedicar cada vez mais, mas reflete um momento de pandemia, em que as pessoas estão com a sensibilidade aflorada, tem o desemprego. As pessoas vivem nos bairros, onde há um reflexo maior do sentimento em relação ao município.

Como é o seu perfil à frente da Prefeitura de São Paulo?

Meu perfil é muito próximo ao do Bruno [Covas]. O que é perfil conciliador? É um perfil que escuta, que não coloca a sua opinião à frente da opinião das pessoas, tem sempre a humildade de entender que ninguém é dono da razão. Todo mundo tem que estar aberto a aprender. O Bruno era muito aberto, de conversar mais com o Parlamento. É um perfil muito parecido de valorizar o diálogo e a política. Quem nega a política para fazer marketing faz um desserviço à sociedade. A política é bonita, o que existe é a boa e a má política. O que temos que sair é de usar a má política em benefício próprio. No sentido bonito, de fazer ações para a cidade, a política mostra quanto é fundamental que as pessoas participem. Quando alguém está no bairro e faz uma reclamação, está fazendo política. Estamos em uma democracia muito nova, ainda estamos caminhando para um consenso. É muito ruim ver experiências, como o Brasil do passado, em que muitas pessoas não tinham voz.

Nunes diz que seu estilo de governar se assemelha ao do antecessor Bruno Covas
Nunes diz que seu estilo de governar se assemelha ao do antecessor Bruno Covas Nunes diz que seu estilo de governar se assemelha ao do antecessor Bruno Covas

O senhor assumiu a prefeitura no dia 16 de maio do ano passado, após a morte de Bruno Covas e em meio à pandemia do coronavírus. Qual o momento mais difícil da sua gestão? Qual o balanço que o senhor faz desse período? 

Foi um grande exercício de superação, me vi naquele momento em uma situação de perder um amigo. É difícil conviver com a dor da perda de uma pessoa que, além de ser um grande político, frequentava a minha casa. O Tomás [Covas] é amigo dos meus filhos. A pandemia estava no seu grande pico em 2021, com uma média móvel de 272 mortes por dia. Tivemos de fazer muitas ações na gestão da vacinação, que era o nosso grande foco: vacinar as pessoas. A gente sempre acreditou que [a vacinação] era o que podia atenuar a Covid-19.

Tivemos que conviver com uma situação difícil no serviço funerário, com tantos e tantos velórios, com a questão de ter vagas no serviço [de saúde]. Eu sou muito cristão, procurei buscar dentro de mim, da minha fé, da equipe e do apoio da sociedade a superação desse momento. Todo mundo falava e acredito que foi a melhor homenagem que eu fiz para o Bruno: trabalhar e superar aquela situação. Conseguimos.

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