A Prefeitura de São Paulo suspendeu a licitação para instalação de 500 banheiros fixos e 100 móveis na capital. Lançado em 17 de março de 2018, o edital previa também a exploração publicitária dos banheiros. A suspensão foi publicada no Diário Oficial no último dia 7, um dia após a saída do ex-prefeito João Dória e a posse de seu vice, Bruno Covas.
Em nota, a Prefeitura de São Paulo explicou que o edital foi suspenso após uma empresa entrar com pedido de impugnação do edital. “Para evitar que a questão passasse a ser discutida na Justiça, a SPObras suspendeu a licitação para melhores estudos sobre o edital”, diz o texto.
O Edital tinha previsão de entrega dos envelopes com os documentos de habilitação para o dia 15 de maio, mas com a suspensão da concorrência ainda não foi definida nova data pela Prefeitura.
Ainda segundo o edital, estima-se um investimento mínimo de R$ 108 milhões para confecção, instalação, manutenção e higienização de sanitários públicos. A empresa vencedora da concorrência teria um ano para instalar os banheiros.
Fase de testes
No início de 2017, foram instalados e apresentados à população dois modelos de banheiros públicos no centro de São Paulo: um no Largo do Arouche e outro na Praça Dom José Gaspar. O então prefeito João Doria marcou presença na inauguração, posando para fotos – uma delas acionando a descarga, que funcionou corretamente.
Produzidos por empresas diferentes, os dois banheiros foram instalados para um período de testes. O sanitário instalado no Largo do Arouche funcionou até outubro de 2017. O da Praça Dom José Gaspar foi removido nesta semana.
Segundo dados da prefeitura divulgados em fevereiro, “mais de 15 mil pessoas foram atendidas na unidade fixa localizada na Praça Dom José Gaspar e 1.800 no banheiro instalado no Largo do Arouche”. Houve ainda testes com um sanitário móvel, usado em feiras livres e eventos, que teria sido utilizado por mais de 2 mil pessoas.