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Sob vaias e protesto de professores, Doria entrega plano de metas de seu governo

Houve confusão e manifestação no plenário durante apresentação do prefeito

São Paulo|Do R7, com Estadão Conteúdo

Doria entregou na tarde desta quinta-feira um plano com 50 metas para a sua gestão
Doria entregou na tarde desta quinta-feira um plano com 50 metas para a sua gestão Doria entregou na tarde desta quinta-feira um plano com 50 metas para a sua gestão

O Prefeito de São Paulo, João Doria, entregou nesta quinta-feira (30), na Câmara Municipal, o Programa de Metas da sua gestão sob vaias e protesto de vereadores da oposição e de professores da rede municipal de ensino. 

Durante o anúncio, o tucano foi chamado de canalha e caloteiro, em função de uma dívida de R$ 90 mil de IPTU que pagou apenas na quarta-feira (29). O Plano de Metas de Doria tem 50 compromissos — número 60% menor que o apresentado por seu antecessor, Fernando Haddad (PT), que propôs 123.

No grupo que protestou conta o prefeito, estavam presentes militantes do PSOL, servidores públicos municipais contrários ao projeto de lei em trâmite na Câmara que prevê teto para aposentadoria e previdência complementar e ainda pessoas que passaram em concurso para professores da educação infantil e não foram nomeados. Doria não respondeu às provocações.

O plano 2020 está dividido em cinco eixos de desenvolvimento: Social, Econômico e Gestão, Humano, Urbano e Meio Ambiente e Institucional. Para alcançá-las, a atual gestão pretende executar 69 projetos estratégicos ao longo de seus quatro anos de mandato. Boa parte deles, como o Cidade Linda, o Nossa Creche o Mutirão Mario Covas, os Espaços Vida e Trabalho Novo, já foram lançados e estão em andamento.

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Outros, como São Paulo Aberta, que visa a aumentar a transparência nos dados públicos; Centro Lindo, de requalificação da região central; e Cultura Sampa, que tem o objetivo de aumentar a frequência da população nos equipamentos culturais, ainda serão desenvolvidos e anunciados por Doria.

Diferentemente dos programas elaborados por Haddad e Gilberto Kassab (PSD), até então os únicos que foram obrigados a fazer tal ação (prevista na Lei Orgânica do Município desde 2008), o plano de Doria não é baseado na realização de obras, como construção de unidades de saúde, escolas ou corredores de ônibus. A estratégia adotada pelo tucano foi a de propor elevar índices de atendimento nos serviços públicos, como ampliar em 30% o total de crianças matriculadas em creches.

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"Temos metas finalísticas, metas de impacto, de resultado. Mas para cada metas temos projetos e linhas de ação. Para as 50 metas, temos 69 projetos e mais de 430 linhas de ação. Cada uma delas tem ações específicas que serão realizadas e podem ser monitoradas quantitativamente. Fizemos algo focado em resultado" disse o secretário municipal de Gestão, Paulo Uebel, que ainda se comprometeu a considerar como metas cumpridas apenas aquelas que alcançarem 100% de seu objetivo. Haddad e Kassab criaram índices de efetividade que elevaram o sucesso de seus respectivos planos. Levando-se em conta, porém, apenas as metas 100% realizadas, ambos cumpriram 50%.

No plenário, Doria explicou que o plano será colocado agora em discussão pública. Serão realizadas 38 audiências públicas no mês de abril. Ao fim desse processo, o conteúdo apresentado nesta quinta pode ou não ser modificado.

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