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SP enviará CoronaVac à Saúde, mas vai reter 25% 'a que tem direito'

Das 6 milhões de doses disponibilizadas ao Ministério da Saúde, 1,5 milhão ficam no estado, seguindo proporção populacional

São Paulo|Do R7

Governo paulista vai enviar doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde
Governo paulista vai enviar doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde Governo paulista vai enviar doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde

O governo de São Paulo começará, na segunda-feira (18), a entrega das doses da vacina CoronaVac, produzidas pelo Instituto Butantan, ao Ministério da Saúde para a imunização dos brasileiros contra a covid-19. Ao todo são 6 milhões de doses disponíveis, sendo que 1,5 milhão delas se destinam ao estado de São Paulo. 

"Seis milhões de doses da vacina estão prontas e disponíveis para a vacinação", disse o governador João Doria em entrevista coletiva nesta sexta-feira (15). "São Paulo faz parte do Brasil, logo nós temos uma parcela entre 20% e 25% que é a parcela que cabe proporcionalmente à população. Não faz sentido encaminhar vacinas ao Ministério da Saúde para depois o MInistério da Sáude mandar de volta para São Paulo", completou. 

De acordo com o governo, 4,5 milhões de doses prontas para aplicação serão encaminhadas para um Centro de Distribuição e Logística do Ministério da Saúde, no Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional de Guarulhos.

“As doses entregues ao Ministério da Saúde serão destinadas para todos os estados brasileiros e o Distrito Federal. Vamos aguardar que neste domingo [17] a Anvisa autorize o uso emergencial da Vacina do Butantan, assim como esperamos que o faça também para a vacina AstraZeneca. O governo de São Paulo torce, pede e recomenda, dentro do seu limite, que a Anvisa e o Ministério da Saúde adotem vacinas, não só a vacina do Butantan, não apenas a vacina da Fiocruz, mas também outras vacinas diante do quadro gravíssimo de saúde pública no país”, afirmou o governador João Doria (PSDB).

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Doria lembrou que o governo estadual adotou, em maio de 2020, as medidas contratuais para oferecer uma vacina segura, eficaz e disponível. "São Paulo agiu em defesa da vida, da saúde e da proteção de todos", complementou o governador.

As doses deverão ser utilizadas após a aprovação da Anvisa. O Butantan já dispõe de 10,8 milhões de doses da vacina em solo brasileiro. No final de março, a carga total de imunizantes disponibilizados pelo instituto é estimada em 46 milhões de doses.

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Eficácia

A vacina do Butantan contra o coronavírus obteve 50,38% de eficácia global no estudo clínico desenvolvido no Brasil, além de proteção de 78% em casos leves e 100% contra casos moderados e graves da COVID-19. Todos os índices são superiores ao patamar de 50% exigido pela OMS (Organização Mundial de Saúde).

Os resultados foram submetidos a um comitê internacional independente e já estão com a Anvisa, que analisa o pedido de uso emergencial do imunizante no Brasil. A pesquisa envolveu 16 centros de pesquisa científica em sete estados e o Distrito Federal. O teste duplo cego, com aplicação da vacina em 50% dos voluntários e de placebo nos demais, envolveu 12,5 mil profissionais de saúde.

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A vacina é desenvolvida pelo Butantan há pouco mais de seis meses, em parceria internacional com a biofarmacêutica Sinovac Biotech, sediada em Pequim. O produto é baseado na inativação do vírus Sars-CoV-2 para induzir o sistema imunológico humano a reagir contra o agente causador da covid-19. A tecnologia é similar à de outras vacinas amplamente produzidas pelo instituto de São Paulo.

Em novembro, a revista científica Lancet, uma das mais importantes no mundo, publicou os resultados de segurança da vacina do Butantan nas fases 1 e 2, realizados na China, com 744 voluntários. A publicação mostrou que o produto é seguro e capaz de produzir resposta imune em 97% dos casos em até 28 dias após a aplicação.

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