O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou que não há mais fila por creche na cidade de São Paulo. Para manter a fila zerada após a pandemia do novo coronavírus, Covas anunciou a meta de criar mais 50 mil vagas ao longo dos próximos quatro anos, em coletiva realizada nesta quinta-feira (17).
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Números da Secretaria Municipal de Educação apontam que, em dezembro de 2019, cerca de 9,7 mil crianças aguardavam por uma vaga no município. Atualmente, haveria apenas 540 crianças ainda esperando matrícula em creche, supostamente por opção das famílias.
As creches estão fechadas desde março e mães também deixaram de buscar atendimento para seus filhos em meio à pandemia. Com a crise provocada pela covid-19, escolas de educação infantil particulares fecharam e houve empobrecimento da população.
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Esse cenário já impacta na pressão sobre o município. Segundo a Prefeitura, 90,5% das 2.926 matrículas de ensino infantil realizadas em São Paulo, entre janeiro e setembro, eram de alunos que vieram da rede privada. No ano anterior, esse grupo representava 35% das 6.642 matrículas. Em 2021, há expectativa de que a procura suba ainda mais.
Ainda de acordo com Covas, para ampliar a rede até 2024, a gestão afirma já contar com cerca de mil imóveis cadastrados na cidade, com possibilidade de virar creche.
De acordo com a gestão Covas, 91 mil vagas foram abertas desde 2017, com foco nas regiões de Tremembé, na zona norte, além de Jardim São Luís e Capão Redondo - distritos de maior demanda. Destas, 5 mil estariam ociosas e outras 4 mil, conveniadas junto à rede privada ou filantrópica, poderiam ser contratadas caso haja aumento de demanda.
Na ocasião, o secretário Bruno Caetano voltou a afirmar que todas as unidades municipais estariam preparadas para retomar presencialmente as aulas a partir do dia 4 de fevereiro. Segundo o titular da Educação, das creches que estão realizando matrícula, 20 estariam em "fase final" de "reparos".
Caetano também anunciou o repasse de mais R$ 100 milhões para escolas da rede municipal para "pequenas reformas" até janeiro. Segundo a Prefeitura, o montante destinado às unidades este ano somaria R$ 298 milhões, ante R$ 195 milhões em 2019.