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Usuários de transportes cobram máscaras e proteção contra covid

Expostos à aglomerações mesmo em fase vermelha, passageiros pedem ao governo incentivo ao uso de equipamentos de proteção

São Paulo|Do R7

Rafaela Moura, de 23 anos, saiu de Itaquera, na zona leste, para chegar na Bela Vista, no centro
Rafaela Moura, de 23 anos, saiu de Itaquera, na zona leste, para chegar na Bela Vista, no centro Rafaela Moura, de 23 anos, saiu de Itaquera, na zona leste, para chegar na Bela Vista, no centro (Edson Lopes Jr./R7 - 14.04.2021)

O Estado de São Paulo vive, nesta quarta-feira (14), o 3º dia da fase vermelha do plano de flexibilização econômica com intensa movimentação de passageiros nos transportes públicos. Expostos à contaminação em função das aglomerações, usuários cobram do governo estadual incentivo ao uso de máscaras em vagões e plataformas.

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A jovem Rafaela Moura, de 23 anos, saiu de Itaquera, na zona leste da capital paulista, para fazer um exame de admissão para trabalhar na recepção de um hospital na região da Bela Vista. "Deveria ser mais eficiente, eu sei que tentam, mas dessa forma não dá. Essas medidas [de restrição] tinham que ser lá atrás", afirma. 

Rafaela diz ainda que o governo deveria oferecer máscaras de proteção do tipo N95 aos usuários de transportes. "Já tive porque trabalhava em hospital, mas não é de fácil acesso, tinha que ser distribuído pelo SUS, pelo tanto de impostos que pagamos." A jovem pereu o avô há um mês por covid-19. "O vírus não foi o principal, mas ajudou a piorar, ele tinha muitos problemas de saúde", diz. 

A fonoaudióloga Mariane de Souza, de 25 anos, saiu do centro de São Paulo com destino à Lapa, na zona oeste. "O governo tinha que ser mais duro nas restrições, assim não está resolvendo nada". Mariana se preocupa porque vive com os pais, que fazem parte do grupo de risco para a covid-19.

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A atendente Vânia Alves, de 30 anos, vive em Pirituba, na zona norte da capital paulista, e defende que as pessoas tenham condições de segurança para trabalhar. "Abertura tem que ser essencial, as pessoas precisam trabalhar, não concordo com as coisas continuarem fechadas", diz. "O transporte só piora. O governo tinha que ceder máscaras, tem muitas pessoas que não tem condições de comprar, moradores de rua", cobra. 

Laerte Oliveira, de 44 anos: 'o pior da pandemia vai ser o desemprego e a fome'
Laerte Oliveira, de 44 anos: 'o pior da pandemia vai ser o desemprego e a fome' Laerte Oliveira, de 44 anos: 'o pior da pandemia vai ser o desemprego e a fome' (Edson Lopes Jr./R7 - 14.04.2021)

O zelador Laerte José Oliveira, de 44 anos, também defende que condições de segurança para os trabalhadores que utilizam o transporte público de São Paulo. "O transporte está péssimo devido à pandemia. O governo estadual está matando o trabalhador e os empresários", afirma. "Quem trabalha não consegue se manter com o auxílio e os micro empresários estão falindo. Sou pró-trabalho, o pior da pandemia vai ser o desemprego e a fome", diz. 

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A analista de comunicação Bruna Moraes, de 27 anos sai todos os dias da zona leste de São Paulo para trabalha na região da Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, localizada na zona sul. "Para mim, está do mesmo jeito. Falta empatia do governo e das empresas, mas entendo que as pessoas precisam trabalhar", diz. 

"Poderia estar fazendo home office, mas a empresa pede pra irmos. Esse revezamento, não aglomera dentro da empresa, mas estou aglomerando fora e podendo levar [o vírus] para lá. Entendo a parte da economia, mas são vidas", diz. 

Bruna Moraes, de 27 anos: 'as pessoas precisam trabalhar'
Bruna Moraes, de 27 anos: 'as pessoas precisam trabalhar' Bruna Moraes, de 27 anos: 'as pessoas precisam trabalhar' (Edson Lopes Jr./R7 - 14.04.2021)

Para Bruna, o governo deveria incentivar mais o uso correto das máscaras. "Mas o nosso presidente nem usa máscara, como que ele vai incentivar que nós utilizemos. Ano passado, se ele não tivesse dito que era só uma gripezinha, as pessoas levariam muito mais a sério", diz ela, que se contaminou com a covid-19. "Todos em casa pegamos, filho, namorado, mas nos recuperamos."

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