A partir desta segunda-feira (15), 55 mil militares brasileiros passarão a acompanhar 325 mil agentes de saúde em 115 cidades brasileiras para ajudar no combate ao mosquito Aedes aegypt, vetor da dengue, chikungunya e zika — vírus que pode causar microcefalia em bebês.
Portanto, serão 370 mil profissionais das áreas de saúde, defesa e segurança envolvidos na ação, que vai durar até quinta-feira (18). Trata-se da terceira fase de ações da estratégia traçada pelo Ministério da Defesa.
Governo vai colocar 220 mil militares em ação contra o Aedes
Os homens das Forças Armadas poderão também aplicar inseticidas e larvicidas para exterminar o mosquito, caso necessário, segundo o ministro da Defesa, Aldo Rebelo.
— Ultrapassamos a previsão que era de 50 mil integrantes, mas devemos ultrapassar os 55 mil integrantes para esta operação. Nós vamos alcançar todas as regiões metropolitanas e as capitais.
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O coordenador da Sala Nacional de Coordenação e Controle para Combate ao Aedes aegypti, Marcos Quito, explica “os militares se somam ao quantitativo de 266 mil agentes de controle de endemias e 49 mil agentes comunitários de saúde, que já fazem visitas programadas”.
— Eles somam esforços e vão trabalhar junto com esses atores para fazer essas visitas em domicílio.
Cidades escolhidas
Estão no radar do governo para essa estratégia municípios com mais de 50 mil habitantes, que somam cerca de 60 milhões de pessoas, incluindo as 27 capitais.
Outro critério determinante foi o fato de essas cidades terem incidência de dengue maior que cem casos por 100 mil habitantes, explica Quito.
— São municípios considerados de risco, que nós precisamos promover ações imediatamente para reduzir esse cenário da dengue elevada.
Mesmo após essa etapa, militares já treinados vão continuar à disposição de Estados e municípios para dar apoio em ações de combate ao mosquito, segundo Rebelo.
— As Forças Armadas permanecerão apoiando e ajudando, como ação subsidiária, todas as demandas que envolvam interesse nacional.