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Covid-19: Oxford lidera 1º estudo com doses de diferentes vacinas 

Objetivo é resolver problema de escassez dos imunizantes e atraso global nas entregas, segundo universidade

Saúde|Do R7

A vacina de Oxford, desenvolvida pela universidade, integra o estudo
A vacina de Oxford, desenvolvida pela universidade, integra o estudo A vacina de Oxford, desenvolvida pela universidade, integra o estudo (Amir Cohen/Reuters - 04.02.2021)

A Universidade de Oxford, no Reino Unido, anunciou nesta quinta-feira (4) que vai liderar o primeiro estudo com a aplicação de doses de diferentes vacinas contra a covid-19. O objetivo é aumentar a flexibilidade dos programas de vacinação e resolver o problema de atraso na entrega global dos imunizantes, segundo a universidade. 

"Se mostrarmos que essas vacinas podem ser usadas alternadamente no mesmo cronograma, isso aumentará muito a flexibilidade da aplicação da vacina e poderá fornecer pistas sobre como aumentar a amplitude da proteção contra novas cepas de vírus", afirmou Matthew Snape, principal autor do estudo e professor-associado de pediatria e vacinologia da Universidade de Oxford, por meio de nota. 

Serão recrutados mais de 800 voluntários a partir de 50 anos para avaliar quatro diferentes combinações de vacinação: primeira dose da vacina de Oxford e segunda da Pfizer, ou uma dose adicional da vacina de Oxford; primeira da Pfizer e segunda da vacina Oxford ou uma dose adicional da vacina da Pfizer.

A vacina de Oxford e o imunizante da Pfizer utilizam plataformas diferentes. A vacina de Oxford usa adenovírus que causa resfriado em chipanzés como veículo para transportar fragmentos do coronavírus, especificamente a proteína spike, para estimular uma resposta imunológica no organismo.

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Já a vacina de Pfizer utiliza a tecnologia de RNA mensageiro. Ao penetrar na célula, a molécula de RNA produz uma das proteínas que compõem o coronavírus Assim, o sistema imunológico identifica essa proteína como um patógeno, um corpo estranho que precisa ser combatido, e inicia uma resposta imunológica.

Também será avaliado o impacto do intervalo entre as doses nas respostas imunológicas por meio de dois esquemas diferentes: um intervalo de quatro semanas e outro de 12 semanas. “É possível que, ao combinar vacinas, a resposta imunológica possa ser aumentada, induzindo um nível mais elevado de anticorpos e que duram mais. Se não realizarmos isso em um ensaio clínico, nunca saberemos", disse Jonathan Van-Tam, responsável pelo estudo.

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O estudo irá monitorar as respostas imunológicas por meio de exames de sangue. O estudo ressalta que também serão observadas possíveis reações adversas às novas combinações de vacinas. A previsão é que a pesquisa leve 1 ano e 1 mês. 

“Este é um estudo muito empolgante que fornecerá informações vitais para a implantação de vacinas no Reino Unido e em todo o mundo. Convocamos aqueles com mais de 50 anos que ainda não receberam a vacina contra a covid-19 a visitar o nosso site para saber mais sobre o estudo", convocou Snape.

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