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Dados da CoronaVac serão abertos em breve, diz secretário de SP

Para analisar a eficácia da vacina é necessário que 61 dos 10 mil voluntários brasileiros contraíam a covid-19, segundo presidente do Butantan

Saúde|

Coronavac está na última fase de testes antes da possível aprovação por órgãos reguladores
Coronavac está na última fase de testes antes da possível aprovação por órgãos reguladores Coronavac está na última fase de testes antes da possível aprovação por órgãos reguladores

O governo de São Paulo acredita que em breve vai ocorrer a abertura dos resultados dos testes em fase 3 com a potencial vacina contra covid-19 desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac e a consequente comprovação da eficácia do imunizante, disse nesta segunda-feira (9) o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn.

"Logo teremos a abertura dos resultados e aí sim poderemos comprovar o quanto é uma vacina eficaz, o quanto ela é capaz de proteger as pessoas que a tomaram do próprio covid-19", disse o secretário em entrevista coletiva no Instituto Butantan, que faz os testes com a potencial vacina da Sinovac no Brasil e produzirá o imunizante no país.

Gorinchteyn afirmou que dados já disponíveis sobre a vacina apontaram que a vacina é segura e produziu anticorpos contra o coronavírus em quase 98% dos voluntários que a receberam.

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Também presente na entrevista, o presidente do Butantan, Dimas Covas, explicou que a indução de anticorpos é diferente da demonstração de eficácia e disse que, para se fazer uma primeira análise sobre a eficiência da vacina, é necessário aguardar que 61 dos cerca de 10 mil voluntários participantes do teste no Brasil contraíam a covid-19.

"Ela é efetiva na indução de imunidade em mais de 60 mil pessoas já vacinadas nessa proporção. Mais de 98% nessa população tiveram uma resposta imunológica adequada para a proteção. Esse é um dado de indução da resposta imunológica, não é um dado de eficácia", disse.

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"O dado de eficácia depende da incidência da infecção na população que participa do estudo. Neste momento temos mais de 10 mil pessoas em acompanhamento e estamos aguardando que entre essas pessoas apareçam, no mínimo, neste momento, 61 casos de covid, que podem acontecer naqueles que tomaram a vacina ou naqueles que receberam o placebo, É exatamente essa comparação que permite definir a eficácia."

Covas não previu uma data de quando a marca de 61 infectados dentro do estudo pode ser atingida, mas afirmou que isso pode acontecer "a qualquer momento" e que, uma vez que ocorra, os dados para registro inicial da vacina junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) poderão ser enviados.

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Na entrevista, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), também anunciou o início das obras da fábrica que produzirá a vacina, batizada de CoronaVac.

Doria também disse que a fábrica custará 142 milhões de reais e será financiada com doações de empresas privadas. A expectativa é que a unidade tenha capacidade de produzir 100 milhões de doses anuais.

Além disso, segundo Dimas Covas, o Butantan espera que a chegada de insumos para a formulação e envase da vacina pelo Butantan aconteça em 27 de novembro, inicialmente em um montante de 46 milhões de doses. Até maio, um total de 100 milhões de doses devem ser formuladas e envasadas no Butantan com insumos vindos da Sinovac, na China.

Doria também anunciou que as primeiras doses prontas da CoronaVac importadas da China chegarão ao Brasil no dia 20 deste mês e, até 30 de dezembro já estarão no país 6 milhões de doses prontas do imunizante.

Ele lembrou que a aplicação da vacina só poderá ser feita após a conclusão dos ensaios clínicos e da aprovação pela Anvisa.

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