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Decreto libera a venda de três emagrecedores

Presidente da Sindusfarma disse que paciente não encontrará remédio "de uma hora para outra"

Saúde|

Diretor da Anvisa vai propor novas regras para tentar restringir substâncias
Diretor da Anvisa vai propor novas regras para tentar restringir substâncias Diretor da Anvisa vai propor novas regras para tentar restringir substâncias

Foi publicado na sexta-feira (5), o decreto que suspende a resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitári) que havia proibido a venda e produção dos emagrecedores mazindol, anfepramona e femproporex.

"Vivemos um vácuo normativo", afirmou o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano. Na próxima reunião da diretoria da agência, Barbano vai propor novas regras para tentar restringir a venda dessas três substâncias.

A indústria teria de apresentar, para obter ou renovar registro dos medicamentos, estudos demonstrando a eficácia e segurança das drogas. Outra medida proposta é proibir que o remédio seja preparado em farmácias de manipulação. Barbano mais uma vez criticou a decisão do Congresso de liberar a venda dos medicamentos.

— Foi uma decisão irresponsável e perigosa. Não sei quem ganhou com isso. Ele não sabe, no entanto, a opinião de seus colegas de colegiado sobre o tema.A liberação sacramentada na sexta, no entanto, tem eficácia limitada.

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Remédio para emagrecer pode causar insônia, dores de cabeça e até infarto, afirmam médicos

O presidente do Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo), Nelson Mussolini, disse que os pacientes não vão encontrar o remédio industrializado na farmácia "de uma hora para outra".

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Ele contou que a retomada da produção exige uma adaptação da empresa. E, completou, por enquanto nenhuma das fabricantes consultadas decidiu se vai retomar a atividade.

— Das três empresas que produziam os remédios, uma já afirmou que não irá retomar a atividade. Outras duas não manifestaram entusiasmo, diante da eventual necessidade da realização de testes de eficácia e segurança. São testes caros.Para farmácias de manipulação, completou, a retomada é mais fácil. Basta ter a matéria-prima autorizada para uso.

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Após tomar sibutramina, chefe de cozinha se sentia "irritada com tudo"

A mesma resolução que proibiu a venda de Mazindol, Anfepramona e Femproporex, de 2011, trouxe regras mais rígidas para a venda de outro remédio usado no tratamento da obesidade, a Sibutramina. Tais regras caíram com o decreto.

— Para esses medicamentos, agora é exigido apenas o receituário de via azul.

Barbano avisou que também vai propor a reedição das regras mais rígidas para sibutramina.A resolução da Anvisa foi aprovada em 2011, depois de audiências públicas que reuniram representantes de sociedades médicas e pesquisadores. A Anvisa avaliou que o remédio trazia mais riscos do que benefícios.

Além disso, não havia estudos que demonstrassem a eficácia do medicamento. Desde que a proposta foi feita, no entanto, representantes de associações médicas e de pacientes criticaram a decisão, por considerá-la uma redução radical nas opções de tratamento.

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